Muita gente hoje em dia tem falado sobre Deus. Muitos escrevem livros sobre Ele. Muitos criam filosofias, colocam palavras na boca de Deus, coisas que Deus talvez nunca diria. Outros falam mal dEle, sem ao menos dar a Ele a chance de se defender. Instituições são criadas em nome dEle e muitas coisas estranhas são praticadas como se aquilo fosse agradável a Deus.
Assim, muita gente boa se desiludi ou fica com raiva de Deus porque acreditou em conceitos que outros criaram a respeito desse mesmo Deus, conceitos errados, egoístas ou enganosos. E, mais uma vez, Deus é rotulado, sem ter chance a uma defesa.
Então quem é Deus de verdade? Como achá-lo? Como caminhar pela estrada correta do conhecimento de Deus?
A única coisa que sei é que Deus nos ama como indivíduos. E como indivíduos, somos diferentes. E Ele tem uma maneira particular de se revelar a cada um de nós para nos levar a uma única verdade concreta.
Independente de tudo aquilo que já falaram ou criaram a respeito de Deus, só existe uma entrada para o caminho de conhecê-lo: a Bíblia. É ali que está registrado tudo que Deus queria que soubessemos a respeito dEle.
Esse é o truque. Se quer conhecer a Deus de uma forma íntima e pessoal (de forma que ninguém mais vai te enganar com conceitos humanos), leia a Bíblia. Eu sei que ela parece complicada de entender mas sabe por que é assim? Porque ela não foi feita para ser lida segundo a sabedoria humana.
Antes de começar a ler, fale com Deus em seus pensamentos pedindo a Ele que te ajude a entender o que você for ler. E Ele o ajudará. Só assim é possível ler a Bíblia como ela deve ser lida. Mesmo que você nunca tenha falado com Deus, mas está interessado em conhecê-lo, fale com Ele e tenha certeza que Ele está te ouvindo. E se me permite uma sugestão, comece a Bíblia pelo livro de I João. Depois, II João e então, III João. Aí volte em Mateus e leia todo o resto do Novo Testamento.
Uma coisa eu posso garantir. Se você ler pedindo a Deus que te ajude a entender, você vai conhecer a Deus. Conhecer a Deus é o maior tesouro que um homem pode achar!
Boa caminhada!!!
Seja bem vindo! O Pinguim é o seu anfitrião!
Aqui você encontra aulas de música, crônicas do dia a dia e a tira Mondo Penguim. Utilize a seção "Marcadores" ao lado para ir direto ao que lhe interessa.
E fique à vontade! A casa é sua!
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Empatia
A empatia é uma qualidade rara, quase mitológica em um ser humano. Segundo o Dicionário Aurélio, a empatia é a tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa.
Naturalmente não temos a capacidade de nos colocar no lugar do outro. Se o alguém sente dor, tendemos a desprezar essa dor simplesmente porque não estamos sentindo a mesma coisa, assim, duvidando de sua intensidade. Se alguém expressa uma limitação, tendemos a despreza-la só pelo fato de não termos a mesma limitação. Se alguém nos confessa uma fraqueza, nós a deixamos de lado só porque não experimentamos a mesma fraqueza.
É muito mais fácil vivermos dentro de nós mesmos do que entrar no mundo dos outros e experimentar as mesmas experiências amargas que estão a sofrer. No fundo, falta de empatia é falta de amor.
Jesus estava lá no seu céu, podendo desfrutar de todas as maravilhas que sua posição lhe proporcionava. Mas Ele queria tanto sentir o mesmo que nós que preferiu se fazer um de nós, sujeito às mesmas fraquezas e dores. Ele queria nos entender totalmente porque nos amava de forma completa e verdadeira, no sentido mais intenso possível. É um sentimento não natural a nós, seres humanos, e por isso sobrenatural, divino.
Sendo assim, quando praticamos a empatia, experimentamos um pouquinho daquilo que é sentir como Deus sente.
Naturalmente não temos a capacidade de nos colocar no lugar do outro. Se o alguém sente dor, tendemos a desprezar essa dor simplesmente porque não estamos sentindo a mesma coisa, assim, duvidando de sua intensidade. Se alguém expressa uma limitação, tendemos a despreza-la só pelo fato de não termos a mesma limitação. Se alguém nos confessa uma fraqueza, nós a deixamos de lado só porque não experimentamos a mesma fraqueza.
É muito mais fácil vivermos dentro de nós mesmos do que entrar no mundo dos outros e experimentar as mesmas experiências amargas que estão a sofrer. No fundo, falta de empatia é falta de amor.
Jesus estava lá no seu céu, podendo desfrutar de todas as maravilhas que sua posição lhe proporcionava. Mas Ele queria tanto sentir o mesmo que nós que preferiu se fazer um de nós, sujeito às mesmas fraquezas e dores. Ele queria nos entender totalmente porque nos amava de forma completa e verdadeira, no sentido mais intenso possível. É um sentimento não natural a nós, seres humanos, e por isso sobrenatural, divino.
Sendo assim, quando praticamos a empatia, experimentamos um pouquinho daquilo que é sentir como Deus sente.
domingo, 4 de outubro de 2009
Mais um truque para a Rearmonização
Como já estudado aqui, cada tom possui seu conjunto de acordes. Os dois acordes mais importantes de um tom são o II e o V que levam ao I, que é o acorde principal do tom. Essa é a famosa seqüencia II – V – I.
Um dos truques interessantes para se rearmonizar uma canção é utilizar seqüencias II – V antes dos acordes que já estão na música. Na última “aula”, falamos sobre substituição de acordes com a mesma função harmônica. Isso, aliado a seqüencias II – V – I pode dar um “up” na sua música.
Vamos pegar como exemplo a música “Parabéns pra você” que, com certeza, todo mundo conhece. Tocaremos aqui no tom de Mi Maior. Harmonizada de forma simples, seria isso:
Rearmonizando com os métodos mencionados acima, poderia ficar assim:
Vamos entender o que eu fiz. Vamos relembrar os acordes do tom de Mi Maior e suas funções harmônicas:
E (I), G#m (III), C#m (VI) = Tônico
F#m (II), A (IV) = Subdominante
B (V), D#m(5b) (VII) = Dominante
Entre o primeiro E e o B, coloquei um C#m que tem a mesma função harmônica do E (função Tônica). Sendo assim, em termos de harmonia nada mudou.
Entre B e E, usamos um F#m e B que é o II – V do E.
Continuando, antes do A, usamos Bm e E que são II – V do A (sim, II – V no tom de Lá Maior). E, para finalizar, F#m e B que são II – V do E.
O pulo do gato aqui foi ter usado o II – V de Lá para chegar ao acorde A. Na verdade, você pode usar o II – V de qualquer acorde da música para chegar nele, enchendo a música de acordes. Só tome cuidado para não ficar muito poluído.
Sei que teoria pode parecer meio chata, a princípio. Mas, acreditem, é o conhecimento dela que vai diferenciar entre um músico limitado e um músico livre. Sim, porque o conhecimento harmônico te liberta para fazer coisas que, geralmente, você não faria só com seu ouvido.
Tentei fazer um vídeo de mim mesmo tocando essa música das duas maneiras mas minha câmera está com problemas. Ainda vou tentar fazer o vídeo e, se tudo der certo, posto ele depois.
Que Deus abençoe a todos e bons estudos!
Um dos truques interessantes para se rearmonizar uma canção é utilizar seqüencias II – V antes dos acordes que já estão na música. Na última “aula”, falamos sobre substituição de acordes com a mesma função harmônica. Isso, aliado a seqüencias II – V – I pode dar um “up” na sua música.
Vamos pegar como exemplo a música “Parabéns pra você” que, com certeza, todo mundo conhece. Tocaremos aqui no tom de Mi Maior. Harmonizada de forma simples, seria isso:
Rearmonizando com os métodos mencionados acima, poderia ficar assim:
Vamos entender o que eu fiz. Vamos relembrar os acordes do tom de Mi Maior e suas funções harmônicas:
E (I), G#m (III), C#m (VI) = Tônico
F#m (II), A (IV) = Subdominante
B (V), D#m(5b) (VII) = Dominante
Entre o primeiro E e o B, coloquei um C#m que tem a mesma função harmônica do E (função Tônica). Sendo assim, em termos de harmonia nada mudou.
Entre B e E, usamos um F#m e B que é o II – V do E.
Continuando, antes do A, usamos Bm e E que são II – V do A (sim, II – V no tom de Lá Maior). E, para finalizar, F#m e B que são II – V do E.
O pulo do gato aqui foi ter usado o II – V de Lá para chegar ao acorde A. Na verdade, você pode usar o II – V de qualquer acorde da música para chegar nele, enchendo a música de acordes. Só tome cuidado para não ficar muito poluído.
Sei que teoria pode parecer meio chata, a princípio. Mas, acreditem, é o conhecimento dela que vai diferenciar entre um músico limitado e um músico livre. Sim, porque o conhecimento harmônico te liberta para fazer coisas que, geralmente, você não faria só com seu ouvido.
Tentei fazer um vídeo de mim mesmo tocando essa música das duas maneiras mas minha câmera está com problemas. Ainda vou tentar fazer o vídeo e, se tudo der certo, posto ele depois.
Que Deus abençoe a todos e bons estudos!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Mondo Pinguim 14
Preparei essa tira ouvindo e delicioso CD "Love Knows" do Bretwood Jazz Quartet (que minha esposa carinhosamente me deu). Sei que a isso, aparentemente, não tem nada a ver com a tira mas a música sempre me ajuda e relaxar e deixar o cansaço mental de lado.
Ultimamente, por causa do trabalho, tenho estado sem tempo e inspiração, duas coisas essenciais para esse blog. Peço desculpas pela falta de atualizações nesse período e agradeço de coração a todos que escreveram perguntando.
Deus abençoe a todos!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Inexatidão
Meu amigo cometeu um erro. Ele não teve intenção, mas mesmo assim o fez, num momento de extrema ingenuidade. Seu erro teve consequencias que poderiam levá-lo a perder uma amizade e a confiança de seus superiores. Por conta de seu erro, foi humilhado. Sentiu-se mal, triste, massacrado, e, mesmo depois de tudo isso, ainda foi humilhado mais um pouquinho.
Não foi fácil para mim ver a situação se desenrolar. Isso porque sou amigo de todos os envolvidos. Mas, principalmente, não foi fácil ver a tristeza nos olhos desse amigo em especial. Não foi fácil não saber o que dizer para consola-lo, nem ter que lidar com o sentimento de impotência diante de tudo.
Mas agora que tudo se passou, é o momento de refletir:
1 - Fiquei admirado de ver meu amigo assumir tudo que fez sem inventar nenhuma desculpa ou historinha para tentar se justificar. Essa coragem não é para qualquer um.
2 - Percebi que ele aprendeu uma lição que pode lhe evitar problemas muito maiores no futuro. Isso não tem preço.
3 - Observei o poder da verdadeira sinceridade ao ver meu amigo pedir desculpas pelo mal que poderia ter causado a um dos envolvidos.
4 - Notei o poder da verdade no coração dos homens de bem quando entenderam que meu amigo não errou por maldade.
Errar faz parte do ser humano. Mas o maior erro que podemos cometer é não aprender com nossos próprios erros. O erro é uma oportunidade que Deus nos dá de aprendermos novos caminhos.
Não foi fácil para mim ver a situação se desenrolar. Isso porque sou amigo de todos os envolvidos. Mas, principalmente, não foi fácil ver a tristeza nos olhos desse amigo em especial. Não foi fácil não saber o que dizer para consola-lo, nem ter que lidar com o sentimento de impotência diante de tudo.
Mas agora que tudo se passou, é o momento de refletir:
1 - Fiquei admirado de ver meu amigo assumir tudo que fez sem inventar nenhuma desculpa ou historinha para tentar se justificar. Essa coragem não é para qualquer um.
2 - Percebi que ele aprendeu uma lição que pode lhe evitar problemas muito maiores no futuro. Isso não tem preço.
3 - Observei o poder da verdadeira sinceridade ao ver meu amigo pedir desculpas pelo mal que poderia ter causado a um dos envolvidos.
4 - Notei o poder da verdade no coração dos homens de bem quando entenderam que meu amigo não errou por maldade.
Errar faz parte do ser humano. Mas o maior erro que podemos cometer é não aprender com nossos próprios erros. O erro é uma oportunidade que Deus nos dá de aprendermos novos caminhos.
domingo, 13 de setembro de 2009
Primeiros Passos na Rearmonização
A rearmonização é uma das coisas mais legais que se pode fazer com música. Basicamente consiste em substiuir acordes de uma música criando uma forma diferente de tocar. Sabe aquela música que você toca a um tempão e não suporta mais tocar do mesmo jeito? Rearmonização nela!
Atenção: Dois importantes assuntos já abordados aqui e aqui são pré-requisitos para o bom entendimento dessa "aula".
Vamos raciocinar no tom de Sol Maior. Os acordes que pertencem a esse tom são:
G Am Bm C D Em F#m(5b)
O truque é o seguinte: Cada acorde que pertence ao tom tem uma função na harmonia da música e é daí que vem o nome Harmonia Funcional (que mete medo num monte de gente).
As funções podem ser 3: Tônico, Subdominante e Dominante.
Cada acorde está enquadrado em uma dessas funções. No caso do tom de Sol Maior, vai ficar assim:
- Tônico: G, Bm, Em (acordes I, III e VI)
- Subdominante: Am, C (acordes II e IV)
- Dominante: D, F#m(5b) (acordes V e VII)
Toda música tende a seguir a seguinte cadência nos acordes:
Tônico -> Subdominante -> Dominante -> Tônico
Isso quer dizer que quase todas as músicas que você toca tendem a começar num acorde tônico, passar por acordes subdominantes, passar por dominantes e terminar em um acorde tônico.
Um exemplo prático? O primeiro verso da música "Nosso Deus é Soberano" que todo mundo conhece.
.......G.........Bm.....
Nosso Deus é Soberano
......C....Am........................D
Ele reina antes da fundação do mundo.
Os acordes G e Bm são Tônicos, passando por C e Am que são Subdominantes, indo para D que é Dominante, para depois voltar no G que é Tônico.
Analise as músicas que você toca é observe isso. Acostume-se a analisar as harmonias das músicas pois isso vai te facilitar bastante, principalmente na rearmonização que é onde queremos chegar.
Sendo assim, a forma mais simples de rearmonizar é substituir ou acrescentar acordes que são da mesma função harmônica do acorde original.
Vamos brincar um pouco com a canção acima? Tente tocar assim:
.......G...Bm............Em
Nosso Deus é Soberano
......Am....C........................D........F#m(5b)
Ele reina antes da fundação do mundo.
Olhe o que eu fiz: Adiantei o tempo do Bm para colocar um Em no lugar que ele estava antes. "Em" pertence à mesma função do G e Bm (Tônico), por isso pude acrescentá-lo.
Depois, inverti a ordem do Am e do C. Posso fazer isso porque os dois têm a mesma função (Subdominante). Ao final, sem alterar o tempo o D, coloquei um F#m(5b) para entrar antes do próximo G.
Percebe o que é a rearmonização? Apenas acrescentando alguns acordes já deu uma movimentada na música. As possibilidades são infinitas. Experimente, por exemplo, só substituir ou suprimir alguns acordes, talvez tocando assim:
.......Em.........Bm.....
Nosso Deus é Soberano
......Am..............................D
Ele reina antes da fundação do mundo.
Desse jeito a música fica um pouco diferente e minimalista. Experimente outras substituições e observe o resultado.
Tudo entendido até aqui? Nunca fique com dúvidas. Utilize o espaço de comentários para perguntar à vontade. Semana que vem a gente vai conversar mais sobre esse importante e fascinate assunto.
Deus os abençoe e bons estudos!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Contra Senso
A cerca de 20 anos atrás podia-se reconhecer facilmente um cristão da seguinte forma: geralmente andava pelas ruas de terno e uma Bíblia debaixo do braço. Se era de mais idade, ninguém ligava muito, mas se era um rapaz novo, todo mundo olhava. E foi nessa época que eu vivi com meus dezessete, dezoito anos.
Fui apresentado a Deus em uma fazenda, numa lindíssima noite de outono. Sem a luz da cidade para atrapalhar, o céu parecia um emaranhado de diamantes espalhados sobre um pano preto. Era algo tão bonito de se ver que a pergunta que me veio foi: “Dá pra acreditar que Deus não existe?”
Não havia nada de sobrenatural, nenhum sinal tremendo, nenhuma montanha balançando. Ali, na simplicidade do campo, diante do mar de estrelas eu passei a acreditar em Deus.
Anos depois, carregado de humanidade e influências filosóficas diversas, subi no telhado da minha casa para observar o céu noturno. Olhando para aquele mesmo mar de estrelas que me inspirou a crer em Deus, eu disse: “Deus, se o senhor existe, quero ver um sinal.” Pobre incoerente, eu queria uma prova daquilo que já estava provado.
E o que aconteceu? Nada. Não houve sinal ou prova alguma. E, apesar daquele momento de tolice, continuei crendo em Deus.
Em contrapartida, durante a minha infância conheci um homem que certo dia pegou um revólver, subiu numa árvore bem alta e desafiou a Deus gritando: “Deus, se você existe, venha me enfrentar!”
Um vento violento soprou naquele lugar dobrando a árvore de uma forma tão incompreensível que aquele homem achou que ia morrer ali mesmo. Mas não morreu. Morreu anos depois com um tumor no cérebro e, pela vida que levava, pode-se deduzir que nunca acreditou em Deus.
Fazendo um paralelo entre as duas histórias, eu continuei a crer em Deus mesmo sem provas. Aquele homem, no entanto, continuou não crendo mesmo tendo provas.
Daí tira-se duas lições:
- Fé não é fé se precisa de provas.
- Aquele que não crê em Deus, não crê mesmo que tenha todas as provas do mundo.
Na prática, vive-se o seguinte paradoxo: quanto mais você se esforça para conhecer a Deus, mais você tem provas que Ele existe. E quanto mais você procura provas da existência de Deus, mais você se distancia de conhecer a Ele.
(clique para ampliar)
Fui apresentado a Deus em uma fazenda, numa lindíssima noite de outono. Sem a luz da cidade para atrapalhar, o céu parecia um emaranhado de diamantes espalhados sobre um pano preto. Era algo tão bonito de se ver que a pergunta que me veio foi: “Dá pra acreditar que Deus não existe?”
Não havia nada de sobrenatural, nenhum sinal tremendo, nenhuma montanha balançando. Ali, na simplicidade do campo, diante do mar de estrelas eu passei a acreditar em Deus.
Anos depois, carregado de humanidade e influências filosóficas diversas, subi no telhado da minha casa para observar o céu noturno. Olhando para aquele mesmo mar de estrelas que me inspirou a crer em Deus, eu disse: “Deus, se o senhor existe, quero ver um sinal.” Pobre incoerente, eu queria uma prova daquilo que já estava provado.
E o que aconteceu? Nada. Não houve sinal ou prova alguma. E, apesar daquele momento de tolice, continuei crendo em Deus.
Em contrapartida, durante a minha infância conheci um homem que certo dia pegou um revólver, subiu numa árvore bem alta e desafiou a Deus gritando: “Deus, se você existe, venha me enfrentar!”
Um vento violento soprou naquele lugar dobrando a árvore de uma forma tão incompreensível que aquele homem achou que ia morrer ali mesmo. Mas não morreu. Morreu anos depois com um tumor no cérebro e, pela vida que levava, pode-se deduzir que nunca acreditou em Deus.
Fazendo um paralelo entre as duas histórias, eu continuei a crer em Deus mesmo sem provas. Aquele homem, no entanto, continuou não crendo mesmo tendo provas.
Daí tira-se duas lições:
- Fé não é fé se precisa de provas.
- Aquele que não crê em Deus, não crê mesmo que tenha todas as provas do mundo.
Na prática, vive-se o seguinte paradoxo: quanto mais você se esforça para conhecer a Deus, mais você tem provas que Ele existe. E quanto mais você procura provas da existência de Deus, mais você se distancia de conhecer a Ele.
sábado, 5 de setembro de 2009
Mondo Pinguim 13
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O Homem que Caiu no Silo
Um homem trabalhava limpando o topo de imensos silos onde se armazenava carvão. Dia e noite os silos eram abastecidos, assim, o trabalho de limpeza era constante de modo que trabalhadores se revezavam em turnos.
Naquela época, não havia celulares nem rádios de comunicação. E então, talvez pelo cansaço do turno noturno, ou talvez por estar absorto em seu trabalho, o homem não percebeu uma tampa solta e caiu dentro do silo, engolido pela escuridão. Sentiu o corpo ser abraçado pelo carvão em pó e sabia que afundaria se não se levantasse logo. Apesar da dor da queda de cerca de quatro metros até o nível do carvão, aquele homem se levantou e começou a caminhar em círculos dentro do silo a fim de compactar o material e evitar afundar. A poeira gerada enquanto o silo era abastecido estava em toda parte e ele sabia que precisava ficar calmo se quisesse se manter vivo.
Rasgando um pedaço da roupa, fez uma máscara improvisada para o nariz e enxugou as lágrimas de desespero que insistiam em molhar seu rosto. O desespero tinha uma razão. Ele entendia que ninguém saberia em qual dos inúmeros silos de carvão ele estaria trabalhando e muito menos imaginaria que ele tivesse caído dentro de um deles. Sabia também que, uma hora ou outra, não aguentaria mais andar e acabaria sugado pelo carvão, morrendo sufocado. E ainda eram apenas duas da manhã.
No meio daquela situação, lembrou-se unicamente de Deus, a quem sempre procurara servir e seguir. Ali, na escuridão e no desespero, uma pergunta ecoou em sua mente: “Será que eu realmente cri em Deus a minha vida toda, ou tudo não passou de uma fantasia?”
A verdade era que ele realmente tinha crido em Deus. Ele sabia que, se Deus quisesse livrá-lo daquilo, o faria. Mas se sua hora tivesse chegado, também aceitaria. Afinal, tinha de fato entregue sua vida a Deus e aquele era o momento da verdade. De sua parte, continuaria andando em círculos naquele silo até conhecer seu destino final.
Assim, andou até ver os primeiros raios de sol ilumindo o interior do silo, expulsando a escuridão. Estava cansado, mas sentia-se disposto a continuar vivo. Ainda que a situação não lhe trouxesse esperança alguma, decidiu continuar.
E eis que, com o sol, veio também uma voz: “Lúcio, você está aí dentro?” Aquele homem reconheceu imediatamente aquela voz como sendo a de seu supervisor.
Então gritou: ”Sim, estou aqui!”. Logo apareceram as cordas que o tirariam de lá. Seu supervisor e outros membros da equipe se alegraram ao vê-lo saindo exausto, mas bem.
“Como me acharam?”, perguntou o homem. “Você sabe que jamais dormi em serviço”, iniciou o supervisor. “Mas nessa madrugada, pouco antes do sol raiar, cochilei por alguns segundos, tempo suficiente para sonhar que você havia caído exatamente nesse silo aqui. Não tive sossego enquanto não vim olhar. Não é uma grande coincidência?”
Um sorriso surgiu nos lábios daquele homem, o sorriso de quem sabia que não era coincidência alguma.
(baseado em um acontecimento real)
Naquela época, não havia celulares nem rádios de comunicação. E então, talvez pelo cansaço do turno noturno, ou talvez por estar absorto em seu trabalho, o homem não percebeu uma tampa solta e caiu dentro do silo, engolido pela escuridão. Sentiu o corpo ser abraçado pelo carvão em pó e sabia que afundaria se não se levantasse logo. Apesar da dor da queda de cerca de quatro metros até o nível do carvão, aquele homem se levantou e começou a caminhar em círculos dentro do silo a fim de compactar o material e evitar afundar. A poeira gerada enquanto o silo era abastecido estava em toda parte e ele sabia que precisava ficar calmo se quisesse se manter vivo.
Rasgando um pedaço da roupa, fez uma máscara improvisada para o nariz e enxugou as lágrimas de desespero que insistiam em molhar seu rosto. O desespero tinha uma razão. Ele entendia que ninguém saberia em qual dos inúmeros silos de carvão ele estaria trabalhando e muito menos imaginaria que ele tivesse caído dentro de um deles. Sabia também que, uma hora ou outra, não aguentaria mais andar e acabaria sugado pelo carvão, morrendo sufocado. E ainda eram apenas duas da manhã.
No meio daquela situação, lembrou-se unicamente de Deus, a quem sempre procurara servir e seguir. Ali, na escuridão e no desespero, uma pergunta ecoou em sua mente: “Será que eu realmente cri em Deus a minha vida toda, ou tudo não passou de uma fantasia?”
A verdade era que ele realmente tinha crido em Deus. Ele sabia que, se Deus quisesse livrá-lo daquilo, o faria. Mas se sua hora tivesse chegado, também aceitaria. Afinal, tinha de fato entregue sua vida a Deus e aquele era o momento da verdade. De sua parte, continuaria andando em círculos naquele silo até conhecer seu destino final.
Assim, andou até ver os primeiros raios de sol ilumindo o interior do silo, expulsando a escuridão. Estava cansado, mas sentia-se disposto a continuar vivo. Ainda que a situação não lhe trouxesse esperança alguma, decidiu continuar.
E eis que, com o sol, veio também uma voz: “Lúcio, você está aí dentro?” Aquele homem reconheceu imediatamente aquela voz como sendo a de seu supervisor.
Então gritou: ”Sim, estou aqui!”. Logo apareceram as cordas que o tirariam de lá. Seu supervisor e outros membros da equipe se alegraram ao vê-lo saindo exausto, mas bem.
“Como me acharam?”, perguntou o homem. “Você sabe que jamais dormi em serviço”, iniciou o supervisor. “Mas nessa madrugada, pouco antes do sol raiar, cochilei por alguns segundos, tempo suficiente para sonhar que você havia caído exatamente nesse silo aqui. Não tive sossego enquanto não vim olhar. Não é uma grande coincidência?”
Um sorriso surgiu nos lábios daquele homem, o sorriso de quem sabia que não era coincidência alguma.
(baseado em um acontecimento real)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Groove em Dó
Como eu ainda estou "in love" com o Yamaha MO6, resolvi postar um pequeno vídeo de uma pequena brincadeira que eu estava fazendo nele.
Trata-se de um Groove em Dó. Para tocá-lo, usei basicamente duas escalas blues, a maior e a menor. As notas dessas escalas são:
Dó Maior Blues: Dó Ré Ré# Mi Sol Lá
Dó Menor Blues: Dó Ré# Fá Fá# Sol Lá#
A gente ainda vai falar muito sobre blues e suas escalas por aqui. Por enquanto experimente com elas um pouco.
Bons estudos e que Deus os abençoe!
Trata-se de um Groove em Dó. Para tocá-lo, usei basicamente duas escalas blues, a maior e a menor. As notas dessas escalas são:
Dó Maior Blues: Dó Ré Ré# Mi Sol Lá
Dó Menor Blues: Dó Ré# Fá Fá# Sol Lá#
A gente ainda vai falar muito sobre blues e suas escalas por aqui. Por enquanto experimente com elas um pouco.
Bons estudos e que Deus os abençoe!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Cuidado e Carinho
Gasto cerca de quarenta minutos para percorrer de bicicleta os oito quilômetros que separam a minha casa do local onde trabalho. Considero um privilégio morar perto do trabalho por dois motivos: primeiro que posso usar a bicicleta, o que contribui para a saúde (e evita a barriguinha). Segundo porque durante o tempo do trajeto, posso ter uma descontraída conversa mental com Deus.
A longo desse “papo”, falo de muitas coisas, algumas vezes muito importantes, outras vezes nem tanto. Mas sempre tive a sensação de que Deus se interessa por cada aspecto de nossas vidas, consideremos importantes ou não. E acabei tendo a prova definitiva de que eu estava certo.
Numa dessas conversas, comentei com Ele que gostaria de ter um teclado novo, com sons que tivessem mais a minha cara e meu estilo de tocar. Tudo bobagem, na verdade, quase um capricho de minha parte já que eu já possuía um teclado que dava pro gasto.
Mas, entenda, eu não estava exigindo nada de Deus, nem estava ansioso com coisa alguma. Com o coração sincero e tranquilo, expressei a Ele minha vontade de possuir um instrumento que melhor se adequasse às minhas necessidades. Nem mesmo estava reclamando de nada, apenas conversando com Ele da mesma forma que se conversa e compartilha coisas com um amigo. Também dizia a Ele que jamais poderia comprar um teclado novo com o meu salário atual, já que tenho várias prioridades em casa com a família. Dispor de um valor alto me consumiria muito tempo e recursos de modo que me faltaria em outros aspectos da minha vida familiar.
O interessante é que nem pensava muito nisso quando em um único dia Deus resolveu me mostrar que estava escutando tudo que eu conversava com Ele.
Era uma quinta-feira à tarde. Meu celular tocou. Olhei o número antes de atender e, pelo DDD, percebi que era uma ligação de São Paulo. Atendi e uma moça muito simpática se identificou como funcionária do Maurício de Souza Produções dizendo que o Maurício havia lido uns roteiros que eu mandei para lá em 2007 e que tinha gostado muito, estando interessado em compra-los. Meio embasbacado, lembrei-me mesmo de ter mandado esses roteiros para eles a dois anos atrás.
Naquele instante, senti uma voz no meu coração me falando: “Lembra-se daquele teclado que você me falou?”
Na mesma tarde fui convidado para a cerimônia de encerramento de um seminário tecnológico que eu tinha participado no ano passado com dois amigos na empresa onde trabalho. Para minha surpresa, nosso trabalho havia ganhado em nossa categoria e recebemos um prêmio em dinheiro lá na cerimônia.
A mesma voz anterior falou de novo ao meu coração: “Isso ainda é sobre aquele teclado que você me falou...”
Como se não bastasse tudo isso, naquela mesma tarde comentei com um amigo que talvez fosse vender o teclado que eu uso. Logo à noite, esse amigo me ligou perguntando se eu ia mesmo vender o teclado e eu disse que sim. Ele foi até a minha casa, viu o teclado e o comprou imediatamente, pagando-me à vista.
De uma hora pra outra eu tinha o dinheiro que precisava para comprar o novo teclado. Assim são as coisas que Deus faz.
Tudo isso me ensinou algumas lições importantes que eu gostaria de compartilhar:
- Deus está muito interessado em todos os aspectos da nossa vida.
- Deus sabe qual é o melhor momento para as coisas acontecerem em nossas vidas. Não devemos e de nada adianta andar ansioso a respeito de nada.
- Devemos deixar a cargo de Deus a ordem das coisas que acontecem conosco. Existem coisas que eu achava serem mais importantes para Deus realizar em minha vida do que esse teclado. Mas Ele sabe o que é melhor. E eu estou muito satisfeito que seja assim.
- Não devemos nos basear em sentimentos para crer em Deus. Às vezes sentimos muito a presença de Deus ao nosso lado, outras vezes não. Isso não significa que Ele não esteja sempre ao nosso lado como Ele mesmo prometeu. Fé é crer naquilo que não vemos e também naquilo que não sentimos.
- Deus não é nosso servo. Muito acham que Deus está aí para realizar nossos próprios desejos egoístas, como se Ele fosse um gênio da lâmpada. Deus realiza sim, os desejos do nosso coração contanto que esses desejos estejam alinhados com a vontade dEle. Na prática, quanto mais nos aproximamos de Deus e tentamos conhecê-lo através da Bíblia, mais nosso coração se alinha com a vontade dEle.
- Nosso relacionamento com Deus não deve se basear em empolgação. Semana retrasada eu estava muito empolgado com o que aconteceu em relação a esse teclado. Semana passada, no entanto, trabalhei muito, dormi pouco, me cansei bastante, muita coisa não saiu do jeito que eu queria e isso fez a empolgação desaparecer. Mas Deus continuou ao meu lado o tempo todo. Empolgação é passageira. Deus não.
Relacionamento com Deus é baseado em fé. Fé é acreditar naquilo que não se vê. Deus não vai te provar que Ele existe para depois você crer nEle. É justamente o contrário. Primeiro você tem que crer na existência dEle. E então, ao longo da sua vida você acabará percebendo provas maravilhosas de Sua existência.
Assim tenho tentado viver.
Meu velho Korg X5D
Binquedinho novo: o Yamaha MO6
A longo desse “papo”, falo de muitas coisas, algumas vezes muito importantes, outras vezes nem tanto. Mas sempre tive a sensação de que Deus se interessa por cada aspecto de nossas vidas, consideremos importantes ou não. E acabei tendo a prova definitiva de que eu estava certo.
Numa dessas conversas, comentei com Ele que gostaria de ter um teclado novo, com sons que tivessem mais a minha cara e meu estilo de tocar. Tudo bobagem, na verdade, quase um capricho de minha parte já que eu já possuía um teclado que dava pro gasto.
Mas, entenda, eu não estava exigindo nada de Deus, nem estava ansioso com coisa alguma. Com o coração sincero e tranquilo, expressei a Ele minha vontade de possuir um instrumento que melhor se adequasse às minhas necessidades. Nem mesmo estava reclamando de nada, apenas conversando com Ele da mesma forma que se conversa e compartilha coisas com um amigo. Também dizia a Ele que jamais poderia comprar um teclado novo com o meu salário atual, já que tenho várias prioridades em casa com a família. Dispor de um valor alto me consumiria muito tempo e recursos de modo que me faltaria em outros aspectos da minha vida familiar.
O interessante é que nem pensava muito nisso quando em um único dia Deus resolveu me mostrar que estava escutando tudo que eu conversava com Ele.
Era uma quinta-feira à tarde. Meu celular tocou. Olhei o número antes de atender e, pelo DDD, percebi que era uma ligação de São Paulo. Atendi e uma moça muito simpática se identificou como funcionária do Maurício de Souza Produções dizendo que o Maurício havia lido uns roteiros que eu mandei para lá em 2007 e que tinha gostado muito, estando interessado em compra-los. Meio embasbacado, lembrei-me mesmo de ter mandado esses roteiros para eles a dois anos atrás.
Naquele instante, senti uma voz no meu coração me falando: “Lembra-se daquele teclado que você me falou?”
Na mesma tarde fui convidado para a cerimônia de encerramento de um seminário tecnológico que eu tinha participado no ano passado com dois amigos na empresa onde trabalho. Para minha surpresa, nosso trabalho havia ganhado em nossa categoria e recebemos um prêmio em dinheiro lá na cerimônia.
A mesma voz anterior falou de novo ao meu coração: “Isso ainda é sobre aquele teclado que você me falou...”
Como se não bastasse tudo isso, naquela mesma tarde comentei com um amigo que talvez fosse vender o teclado que eu uso. Logo à noite, esse amigo me ligou perguntando se eu ia mesmo vender o teclado e eu disse que sim. Ele foi até a minha casa, viu o teclado e o comprou imediatamente, pagando-me à vista.
De uma hora pra outra eu tinha o dinheiro que precisava para comprar o novo teclado. Assim são as coisas que Deus faz.
Tudo isso me ensinou algumas lições importantes que eu gostaria de compartilhar:
- Deus está muito interessado em todos os aspectos da nossa vida.
- Deus sabe qual é o melhor momento para as coisas acontecerem em nossas vidas. Não devemos e de nada adianta andar ansioso a respeito de nada.
- Devemos deixar a cargo de Deus a ordem das coisas que acontecem conosco. Existem coisas que eu achava serem mais importantes para Deus realizar em minha vida do que esse teclado. Mas Ele sabe o que é melhor. E eu estou muito satisfeito que seja assim.
- Não devemos nos basear em sentimentos para crer em Deus. Às vezes sentimos muito a presença de Deus ao nosso lado, outras vezes não. Isso não significa que Ele não esteja sempre ao nosso lado como Ele mesmo prometeu. Fé é crer naquilo que não vemos e também naquilo que não sentimos.
- Deus não é nosso servo. Muito acham que Deus está aí para realizar nossos próprios desejos egoístas, como se Ele fosse um gênio da lâmpada. Deus realiza sim, os desejos do nosso coração contanto que esses desejos estejam alinhados com a vontade dEle. Na prática, quanto mais nos aproximamos de Deus e tentamos conhecê-lo através da Bíblia, mais nosso coração se alinha com a vontade dEle.
- Nosso relacionamento com Deus não deve se basear em empolgação. Semana retrasada eu estava muito empolgado com o que aconteceu em relação a esse teclado. Semana passada, no entanto, trabalhei muito, dormi pouco, me cansei bastante, muita coisa não saiu do jeito que eu queria e isso fez a empolgação desaparecer. Mas Deus continuou ao meu lado o tempo todo. Empolgação é passageira. Deus não.
Relacionamento com Deus é baseado em fé. Fé é acreditar naquilo que não se vê. Deus não vai te provar que Ele existe para depois você crer nEle. É justamente o contrário. Primeiro você tem que crer na existência dEle. E então, ao longo da sua vida você acabará percebendo provas maravilhosas de Sua existência.
Assim tenho tentado viver.
domingo, 23 de agosto de 2009
O Sabor do Gospel Soul
Desde a primeira vez que ouvi o soul gospel, me apaixonei pelos pianos, pelo ritmo e pelo sentimento que a música carrega. Existem excelentes músicos que atuam nessa área mas eu admiro muito o estilo de Jamal Hartwell, sobre o qual já falei aqui no blog.
Como a câmera que eu usava para filmar as minhas "aulas" estragou e a nova é meio complicadinha de mexer, resolvi voltar à minha idéia original e postar outros vídeos, desvendando o que o tecladista em questão está fazendo.
O vídeo em questão foi colocado pelo próprio Jamal no youtube, porém eu selecionei somente a parte que nos interessa. Ouça e viaje no som do piano rhodes, no ritmo e no improviso vocal de Jason Champion.
Esse tema pode ser usado em sua igreja no início ou no final de um culto. Mas vamos ao que interessa a nós tecladistas: o que ele está fazendo?
Basicamente é um tema de apenas dois acordes: Bbm7(9) e Fm7(9). As tensões deixam os acordes muito mais bonitos, com um "sabor" diferentes. As notas usadas na formação desses acordes são:
Bbm7(9) - Láb Dó Dó# Fá (com o baixo em Sib na mão esquerda)
Fm7(9) - Mib Sol Sol# Dó (com o baixo em Fá na mão esquerda)
Experimente esses acordes e deixe seu delicioso som encher os seus ouvidos. Depois que você dominar sua formação, tente invertê-los tocando a mesma formação em uma ordem diferente. Dá pra fazer 3 inversões (além da que eu mostrei acima) e você pode tocar as que mais te agradam.
Há mais um detalhe interessante. Em um determinado ponto Jamal usa um acorde entre o Bbm7(9) e o Fm7(9) que ele chama de "passing tone". Não sei se tem uma tradução no meio musical brasileiro, mas seria algo como "tom de passagem". Esse é um acorde muito torto e belo que leva ao acorde onde se quer chegar.
No vídeo, ele está em Bbm7(9) e quer chegar no Fm7(9). Então, ele usa o "passing tone" para chegar lá. Veja, cada acorde tem seu "passing tone", portanto o que serve para um, não serve para outro. No caso, o acorde que ele usa é:
- mão esquerda: Mi Sib
- mão direita: Mib Láb Dó
Confesso que fiquei bastante tempo tentando desvendar que raio de acorde era esse. Depois de analisá-lo descobri que se trata de um C7(9# b13), tocado sem o baixo. O segredo está no jeito que o Jamal construiu o acorde, o que dá todo esse sentimento na hora de trocar de um acorde para o outro. É, portanto, o acorde dominante alterado que leva ao Fm7(9). Se eu estiver falando grego, por favor escrevam perguntando que eu preparo uma "aula" para explicar melhor esses conceitos.
Esse vídeo é parte do DVD Urban and Contemporary Worship Classic e é recomendadíssimo.
Por enquanto é só. Bons estudos e que Deus abençoe a todos!
Como a câmera que eu usava para filmar as minhas "aulas" estragou e a nova é meio complicadinha de mexer, resolvi voltar à minha idéia original e postar outros vídeos, desvendando o que o tecladista em questão está fazendo.
O vídeo em questão foi colocado pelo próprio Jamal no youtube, porém eu selecionei somente a parte que nos interessa. Ouça e viaje no som do piano rhodes, no ritmo e no improviso vocal de Jason Champion.
Esse tema pode ser usado em sua igreja no início ou no final de um culto. Mas vamos ao que interessa a nós tecladistas: o que ele está fazendo?
Basicamente é um tema de apenas dois acordes: Bbm7(9) e Fm7(9). As tensões deixam os acordes muito mais bonitos, com um "sabor" diferentes. As notas usadas na formação desses acordes são:
Bbm7(9) - Láb Dó Dó# Fá (com o baixo em Sib na mão esquerda)
Fm7(9) - Mib Sol Sol# Dó (com o baixo em Fá na mão esquerda)
Experimente esses acordes e deixe seu delicioso som encher os seus ouvidos. Depois que você dominar sua formação, tente invertê-los tocando a mesma formação em uma ordem diferente. Dá pra fazer 3 inversões (além da que eu mostrei acima) e você pode tocar as que mais te agradam.
Há mais um detalhe interessante. Em um determinado ponto Jamal usa um acorde entre o Bbm7(9) e o Fm7(9) que ele chama de "passing tone". Não sei se tem uma tradução no meio musical brasileiro, mas seria algo como "tom de passagem". Esse é um acorde muito torto e belo que leva ao acorde onde se quer chegar.
No vídeo, ele está em Bbm7(9) e quer chegar no Fm7(9). Então, ele usa o "passing tone" para chegar lá. Veja, cada acorde tem seu "passing tone", portanto o que serve para um, não serve para outro. No caso, o acorde que ele usa é:
- mão esquerda: Mi Sib
- mão direita: Mib Láb Dó
Confesso que fiquei bastante tempo tentando desvendar que raio de acorde era esse. Depois de analisá-lo descobri que se trata de um C7(9# b13), tocado sem o baixo. O segredo está no jeito que o Jamal construiu o acorde, o que dá todo esse sentimento na hora de trocar de um acorde para o outro. É, portanto, o acorde dominante alterado que leva ao Fm7(9). Se eu estiver falando grego, por favor escrevam perguntando que eu preparo uma "aula" para explicar melhor esses conceitos.
Esse vídeo é parte do DVD Urban and Contemporary Worship Classic e é recomendadíssimo.
Por enquanto é só. Bons estudos e que Deus abençoe a todos!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Mondo Pinguim 11
Duas observações importantes:
1 - Essa tira é dedicada a todos que passam longe dos manuais de instrução. No entanto, se a sua profissão é escritor de manuais, não se sinta frustrado. Conheço uma pessoa que lê os manuais de tudo que ela compra: minha esposa.
2 - Pra quem é das antigas, há mais uma piada embutida dentro da tira: o modelo do motor do liquidificador é GRX. Isso explica toda aquela potência...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Tanque na Reserva
Hoje estou extremamente cansado, de uma forma que não me lembro de ter estado nos últimos tempos. Certamente a razão disso é eu estar trabalhando muito e dormindo pouco.
Minhas pernas doem, e mal posso tocar o chão com a sola de meus pés. Minha mente também não fica atrás de modo que até pensar nas coisas mais simples dá uma trabalheira danada. Hoje, por exemplo, fiquei tentando lembrar que 5 vezes 4 é 20 (é 20, certo?).
Isso soa como reclamação? Parece... Mas não é. Apesar do meu estado, sei que tudo isso se resolve com uma boa noite de sono (sábado, aguarde-me). E se estou cansado de trabalhar é porque tenho um emprego.
Chego em casa, minha esposa está me esperando com um beijo. Tenho amigos que posso chamar de irmãos. E acima de tudo isso, tenho um Deus que me ama, me proteje e me sustenta. Tudo que tenho me foi dado por Ele. Eu não sou melhor do que ninguém, não mereço nada disso, mas mesmo assim Ele me ama e me concede tudo que preciso. Do mesmo jeito que eu sei que Ele ama todos vocês que lêem esse espaço.
Dá pra reclamar de alguma coisa?
Minhas pernas doem, e mal posso tocar o chão com a sola de meus pés. Minha mente também não fica atrás de modo que até pensar nas coisas mais simples dá uma trabalheira danada. Hoje, por exemplo, fiquei tentando lembrar que 5 vezes 4 é 20 (é 20, certo?).
Isso soa como reclamação? Parece... Mas não é. Apesar do meu estado, sei que tudo isso se resolve com uma boa noite de sono (sábado, aguarde-me). E se estou cansado de trabalhar é porque tenho um emprego.
Chego em casa, minha esposa está me esperando com um beijo. Tenho amigos que posso chamar de irmãos. E acima de tudo isso, tenho um Deus que me ama, me proteje e me sustenta. Tudo que tenho me foi dado por Ele. Eu não sou melhor do que ninguém, não mereço nada disso, mas mesmo assim Ele me ama e me concede tudo que preciso. Do mesmo jeito que eu sei que Ele ama todos vocês que lêem esse espaço.
Dá pra reclamar de alguma coisa?
domingo, 16 de agosto de 2009
A Psicologia dos Acordes - o Segredo da Terça
Porque os acordes são o que são? Uns são menores, outros são maiores e por aí vai. O que os diferencia? O segredo está numa coisa mágica chamada intervalo de terça.
Um intervalo é a distância entre duas notas e é medida em tons. Assim, entre Dó e Ré, por exemplo, existe um tom de distância (ou intervalo). Entre Ré e Mi, também existe um tom de distância. As notas mudam mas o intervalo é o mesmo. Existe um intervalo de um tom entre todas as notas, exceto entre Mi e Fá e entre Si e Dó, conforme mostrado no esquema abaixo:
Não me pergunte porque os intervalos entre Mi/Fá e Si/Dó são só de meio tom. Para eles, a vida é mais difícil :-)
Brincadeiras à parte, como você já deve estar imaginando, podemos dividir um intervalo de um tom em dois intervalos de meio tom. Assim, se entre Dó e Ré temos um tom, podemos dividi-lo ao meio e teremos mais uma nota entre eles. Se você estiver "andando" do Dó em direção ao Ré, essa nota se chamará Dó sustenido (Dó#). Mas se você "está vindo" do Ré para o Dó, então, a mesma nota entre eles será chamada Ré bemol (Réb). Fica claro então que o sinal "b" ou "#" ao lado de uma nota, significa que aquela nota não é mais ela e sim uma nota meio tom acima ou abaixo dela.
Ainda bem que inventaram esses sinais. Imagine se as "notas entre as notas" tivessem cada uma o seu nome!
Toda essa introdução foi necessária para falar do intervalo de terça que é o alvo da nossa "aula" de hoje.
Um intervalo de terça pode ser maior ou menor, de acordo com o seguinte:
- Intervalo de Terça Maior: 2 tons
- Intervalo de Terça Menor: 1 tom e meio
Vamos citar exemplos. De Dó a Mi, temos um intervalo de terça maior porque precisamente existe a distância de dois tons entre essas notas. Já entre Ré e Fá
temos uma terça menor de intervalo porque a distância entre eles é de um tom e meio. Simples assim.
Tá, e o que eu faço com isso? O segredo é que os acordes são formados por intervalos de terça. Vamos chamar as terças maiores de 3M e as menores de 3m, só para facilitar. Vamos fazer um acorde a partir da nota dó. Se colocarmos notas com intervalos de 3M e 3m respectivamente, teremos:
DÓ MI SOL
Ou seja, entre Dó e Mi, temos uma 3M e entre Mi e Sol, uma 3m. Se um acorde tem essa característica, então temos um acorde maior (no caso, como a primeira nota do acorde é dó, temos dó maior).
Mas e se invertermos a disposição dos intervalos, fazendo assim: 3m e 3M? Ficará assim:
DÓ MIb SOL
Desse jeito temos um acorde menor (no caso, dó menor). Vamos continuar brincando. Que tal 3M e 3M?
DÓ MI SOL#
Acabamos de criar um acorde aumentado. Só faltou 3m e 3m.
DÓ MIb SOLb
Esse é um acorde diminuto (dó diminuto, nesse caso).
O assunto sobre intervalos e acordes é muito vasto e fascinante. Ainda vamos falar muito sobre isso nesse espaço. Passe a observar os acordes que você faz. Observe bem os intervalos entre as notas. São os intervalos que fazem os acordes serem o que são e, entendê-los, é o grande desafio para você que quer se tornar um excelente músico.
Não deixe de escrever caso tenha dúvidas. Deus o abençoe e bons estudos!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Mondo Pinguim 10
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Pulga Atrás da Orelha
Lá estava Jesus com sede, sentado junto a um poço quando uma mulher chegou para tirar água. Essa mulher vivia uma vida infeliz, cheia de insatisfações. Por conta disso, já tivera cinco maridos e o homem com quem estava no momento, não era seu marido.
Qualquer um poderia dizer que essa mulher não passava de uma vadia. Mas não Jesus. Quando Ele a olhou, enxergou seu coração, viu além da casca. Ela precisava ser amada, mas não o tipo de amor que vinha praticando até então, um amor vazio e inconstante. Ela precisava de amor verdadeiro, o tipo de amor que só existe em Jesus.
A história acima é uma das mais belas encontradas na Bíblia. Ela descreve o olhar de Jesus, um olhar profundo, verdadeiro e livre de preconceitos. O olhar com o qual Ele olhou aquela mulher é o mesmo com o qual Ele nos olha. Ele não se importa com aquilo que, aparentemente, somos. Ele vê aquilo que realmente somos.
Lá para o final do texto, Jesus diz para aquela mulher que Deus está procurando adoradores que O adorem em espírito e em verdade porque Deus é Espírito e deve ser adorado em espírito.
Foi aí que Deus me colocou uma pulga atrás da orelha. Nós, músicos cristãos, geralmente estamos associados com adoração a Deus. Não deveria ser assim, afinal, todo cristão deve estar associado a adoração a Deus. Mas o que acontece é que, geralmente espera-se que o músico leve o povo cristão a adorar a Deus.
Então o que é adorar a Deus em espírito?
Creio que adorar a Deus não depende de música alguma. Não depende de nenhum ritual que alguém possa ter criado. Nem depende de nenhuma revelação que alguém possa ter tido. Nem de nenhuma prática ou malabarismo que alguém possa ter inventado.
Adoração a Deus em espírito só depende de ser descoberta por cada um em si mesmo e em Deus. Ninguém pode te ensinar a fazer isso. É algo muito íntimo. Muito seu. Você e Deus. O dia que você conseguir fazer isso, só você vai saber. É o tipo de coisa que, se você tem, você sabe. E se você não tem, você também sabe.
E é exatamente por isso que o texto fala que Deus está procurando esses adoradores. Se Deus os procura, é por que são difíceis de achar. Não estão em qualquer lugar, não se vê um em cada esquina.
A pulga ainda está atrás da minha orelha. E agora, espero que também esteja atrás da sua. Caso contrário, nada do que fazemos tem sentido.
Qualquer um poderia dizer que essa mulher não passava de uma vadia. Mas não Jesus. Quando Ele a olhou, enxergou seu coração, viu além da casca. Ela precisava ser amada, mas não o tipo de amor que vinha praticando até então, um amor vazio e inconstante. Ela precisava de amor verdadeiro, o tipo de amor que só existe em Jesus.
A história acima é uma das mais belas encontradas na Bíblia. Ela descreve o olhar de Jesus, um olhar profundo, verdadeiro e livre de preconceitos. O olhar com o qual Ele olhou aquela mulher é o mesmo com o qual Ele nos olha. Ele não se importa com aquilo que, aparentemente, somos. Ele vê aquilo que realmente somos.
Lá para o final do texto, Jesus diz para aquela mulher que Deus está procurando adoradores que O adorem em espírito e em verdade porque Deus é Espírito e deve ser adorado em espírito.
Foi aí que Deus me colocou uma pulga atrás da orelha. Nós, músicos cristãos, geralmente estamos associados com adoração a Deus. Não deveria ser assim, afinal, todo cristão deve estar associado a adoração a Deus. Mas o que acontece é que, geralmente espera-se que o músico leve o povo cristão a adorar a Deus.
Então o que é adorar a Deus em espírito?
Creio que adorar a Deus não depende de música alguma. Não depende de nenhum ritual que alguém possa ter criado. Nem depende de nenhuma revelação que alguém possa ter tido. Nem de nenhuma prática ou malabarismo que alguém possa ter inventado.
Adoração a Deus em espírito só depende de ser descoberta por cada um em si mesmo e em Deus. Ninguém pode te ensinar a fazer isso. É algo muito íntimo. Muito seu. Você e Deus. O dia que você conseguir fazer isso, só você vai saber. É o tipo de coisa que, se você tem, você sabe. E se você não tem, você também sabe.
E é exatamente por isso que o texto fala que Deus está procurando esses adoradores. Se Deus os procura, é por que são difíceis de achar. Não estão em qualquer lugar, não se vê um em cada esquina.
A pulga ainda está atrás da minha orelha. E agora, espero que também esteja atrás da sua. Caso contrário, nada do que fazemos tem sentido.
domingo, 9 de agosto de 2009
Acordes que Pertencem a uma Escala
Precisamos reforçar e, ao mesmo tempo, entender os conceitos explicados nas últimas “aulas” para que possamos seguir em frente com a nossa teoria.
Primeiro, é preciso saber bem a construção das escalas maiores segundo o modelo:
Depois, lembrar os acordes que pertencem a um tom, que seguem o seguinte modelo:
I - IIm - IIIm - IV – V - VIm - VIIm(5b)
Os dois assuntos foram abordados em “aulas” anteriores. Se ficaram dúvidas, por favor escrevam que o pingüim responde :)
Agora vamos unir esses dois assuntos. Raciocinemos no tom de Dó Maior (como sempre...). A escala de Dó Maior é:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Os acordes que pertencem ao tom de Dó Maior são:
C Dm Em F G Am Bm(5b)
A questão é: porque esses acordes pertencem ao tom de Dó Maior? A resposta está na “grande verdade” a respeito dos acordes: todo acorde é formado basicamente por três notas, a primeira, a terça e a quinta. E, no caso desses acordes, as notas que os formam pertencem à escala de dó maior.
Parece complicado mas não é. Peguemos o primeiro acorde (I) do tom de Dó que é C. Se formos na escala e pegarmos a 1a., a 3a. e 5a. teremos as notas:
Dó Mi Sol
Essas notas precisamente formam o acorde C (Dó maior). Está explicado de onde vem o primeiro acorde do tom (I).
Agora vamos ver o segundo acorde (IIm) que, nesse caso é o Ré menor. Se pegarmos a escala de dó a partir da segunda nota, fica assim:
Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
1a., a 3a. e 5a nesse caso são Ré, Fá e Lá. Essas notas formam o acorde Dm (Ré menor) que é o segundo acorde do tom.
O terceiro acorde (IIIm) é obtido seguindo o mesmo raciocínio. Se começarmos a escala de Dó a partir do terceiro acorde, teremos:
Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi
Nesse caso, 1a., 3a. e 5a são Mi, Sol e Si. Essas notas formam o acorde Em (Mi menor). Deu pra pegar o jeito? Os outros acordes do tom - IV, V, VIm e VIIm(5b) - são obtidos dessa mesma forma.
O exercício abaixo serve para acostumar a tocar todos os acordes do tom. No caso, mostra o tom de (qual?) Dó Maior que é facinho de tocar. Mas o objetivo é que você experimente fazer o mesmo nos outros tons também. Construa as outras escalas e toque da mesma forma, sempre tocando as notas da escala do tom que você está e fazendo os acordes. Esse exercício é muito bom e vai fazer com que você se acostume a tocar todos os acordes de todos os tons.
Não deixe dúvidas para trás. Escreva à vontade. Não vá dizer depois que o pingüim ensina errado, hein!
Semana que vem a gente vai estudar o que faz um acorde ser maior, outro menor, outro com quinta bemol, etc.
Que o Grande Deus abençoe a todos. Bons estudos!
Primeiro, é preciso saber bem a construção das escalas maiores segundo o modelo:
Depois, lembrar os acordes que pertencem a um tom, que seguem o seguinte modelo:
I - IIm - IIIm - IV – V - VIm - VIIm(5b)
Os dois assuntos foram abordados em “aulas” anteriores. Se ficaram dúvidas, por favor escrevam que o pingüim responde :)
Agora vamos unir esses dois assuntos. Raciocinemos no tom de Dó Maior (como sempre...). A escala de Dó Maior é:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Os acordes que pertencem ao tom de Dó Maior são:
C Dm Em F G Am Bm(5b)
A questão é: porque esses acordes pertencem ao tom de Dó Maior? A resposta está na “grande verdade” a respeito dos acordes: todo acorde é formado basicamente por três notas, a primeira, a terça e a quinta. E, no caso desses acordes, as notas que os formam pertencem à escala de dó maior.
Parece complicado mas não é. Peguemos o primeiro acorde (I) do tom de Dó que é C. Se formos na escala e pegarmos a 1a., a 3a. e 5a. teremos as notas:
Dó Mi Sol
Essas notas precisamente formam o acorde C (Dó maior). Está explicado de onde vem o primeiro acorde do tom (I).
Agora vamos ver o segundo acorde (IIm) que, nesse caso é o Ré menor. Se pegarmos a escala de dó a partir da segunda nota, fica assim:
Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
1a., a 3a. e 5a nesse caso são Ré, Fá e Lá. Essas notas formam o acorde Dm (Ré menor) que é o segundo acorde do tom.
O terceiro acorde (IIIm) é obtido seguindo o mesmo raciocínio. Se começarmos a escala de Dó a partir do terceiro acorde, teremos:
Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi
Nesse caso, 1a., 3a. e 5a são Mi, Sol e Si. Essas notas formam o acorde Em (Mi menor). Deu pra pegar o jeito? Os outros acordes do tom - IV, V, VIm e VIIm(5b) - são obtidos dessa mesma forma.
O exercício abaixo serve para acostumar a tocar todos os acordes do tom. No caso, mostra o tom de (qual?) Dó Maior que é facinho de tocar. Mas o objetivo é que você experimente fazer o mesmo nos outros tons também. Construa as outras escalas e toque da mesma forma, sempre tocando as notas da escala do tom que você está e fazendo os acordes. Esse exercício é muito bom e vai fazer com que você se acostume a tocar todos os acordes de todos os tons.
Não deixe dúvidas para trás. Escreva à vontade. Não vá dizer depois que o pingüim ensina errado, hein!
Semana que vem a gente vai estudar o que faz um acorde ser maior, outro menor, outro com quinta bemol, etc.
Que o Grande Deus abençoe a todos. Bons estudos!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Mondo Pinguim 09
(clique para ampliar)
A inspiração dessa semana vem de um grande amigo com o qual trabalhei por cerca de quinze anos. O ambiente de uma empresa metalúrgica é agressivo e perigoso, mas ele sempre brincava com isso me dizendo que éramos soldados do Comando Delta e que estávamos em missão. Por mais que estivéssemos cansados ou o trabalho fosse difícil, ele só olhava pra mim e dizia: "Comando Delta, Brother!"
Outras vezes, ele trazia a brincadeira para as coisas da vida. Se havia alguma dificuldade ou tristeza particular, ele dizia, firme, que não era para abandonar a trincheira. O negógio era recarregar as armas e continuar combatendo. Morrer lutando era uma alternativa. Fugir, nunca.
Acontece que ele se aposentou no ano passado. O Comando Delta perdeu um grande soldado e esse pinguim aqui virou o veterano que agora está treinando os novos recrutas.
Mas a saudade das velhas batalhas continuará para sempre. Comando Delta, Brother!!!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A Estrada
Comecei minha caminhada cristã em 1988. E essa semana me bateu um estranho sentimento nostálgico em relação a isso. Fazem exatamente 21 anos que Deus tem tido a paciência de me aceitar como seu filho.
Sim, porque, como ser humano, carrego uma penca de defeitos e equívocos que só Ele mesmo para me aturar. Meu primeiro grande equívoco em relação a Ele foi começar a tocar teclado não para agradá-lo, mas para chamar atenção de uma garota. Isso foi lá atrás, em 1988 mesmo... Acontece que eu não percebia isso. Orava muito, lia bastante a Bíblia, mas embutido nisso tudo estava meu desejo de ter aquela garota só pra mim. Eu montei uma banda, chamei amigos para tocar, me dediquei à igreja, tudo para impressionar aquela garota.
E Deus estava lá, vendo aquilo tudo, me compreendendo. Em nenhum momento Ele me criticou por eu o estar enganando. Mesmo porque eu não sabia que o enganava. Em meu coração, eu achava que estava no caminho certo, buscando conhecer a Ele e, de quebra, ainda querendo namorar a garota que eu achava que era a dos meus sonhos. Aparentemente seria a perfeição!
Mas, no fim, tudo se resumia num sentimento egoísta no qual eu só pensava na minha própria felicidade. O que aconteceria se eu não obtivesse aquela garota? Onde estavam as bases da minha fé, da minha sede de Deus?
E nisso fui testado. Em janeiro de 1992, quatro anos após o processo de caminhada ter começado, a moça casou-se. E sim, foi com outro cara. Aquele era o pior dia da minha vida. Achei que morreria de tanta tristeza e decepção.
Imediatamente duas estradas se abriram em minha frente. Duas opções nas quais eu deveria pensar e escolher:
1 – Deus resolveu me maltratar não permitindo que as coisas dessem certo entre eu e a garota, mesmo depois de tudo que eu supostamente havia feito por Ele (todas aquelas orações, vigílias, jejuns, trabalhos na igreja...)
2 – O erro na história toda tinha sido meu e eu deveria continuar na estrada, tentando aprender mais de Deus e de Seus verdadeiros propósitos para minha vida.
Felizmente, eu percebi que a opção 2 era a correta. Eu sabia que amava a Deus de verdade e, embora ainda não entendesse naquele momento, alguma coisa eu havia feito de errado no processo da caminhada.
Ao longo dos anos, acabei descobrindo tudo aquilo que já escrevi no início desse post, mas que em resumo, é o seguinte: eu estava usando Deus para atingir os meus próprios objetivos como se Ele fosse um empregado que deveria fazer tudo do meu jeito. Espero que nenhum de vocês caia nesse erro. Senão pode acontecer que, no dia que chegarmos perante Ele dizendo que fizemos um monte de coisas em Seu nome, Ele poderá responder que, na verdade, estávamos fazendo para o nosso próprio nome.
Mas o amor de Deus por mim é tão grande, mas tão grande que, logo em fevereiro de 1992, eu conheci aquela com quem estou até hoje, a qual tenho certeza que me foi preparada por Deus. E sei que o amor que tenho por ela é verdadeiro, livre de qualquer propósito egoísta.
E, de quebra, ainda aprendi a tocar teclado... Bem, pelo menos um pouquinho :)
Sim, porque, como ser humano, carrego uma penca de defeitos e equívocos que só Ele mesmo para me aturar. Meu primeiro grande equívoco em relação a Ele foi começar a tocar teclado não para agradá-lo, mas para chamar atenção de uma garota. Isso foi lá atrás, em 1988 mesmo... Acontece que eu não percebia isso. Orava muito, lia bastante a Bíblia, mas embutido nisso tudo estava meu desejo de ter aquela garota só pra mim. Eu montei uma banda, chamei amigos para tocar, me dediquei à igreja, tudo para impressionar aquela garota.
E Deus estava lá, vendo aquilo tudo, me compreendendo. Em nenhum momento Ele me criticou por eu o estar enganando. Mesmo porque eu não sabia que o enganava. Em meu coração, eu achava que estava no caminho certo, buscando conhecer a Ele e, de quebra, ainda querendo namorar a garota que eu achava que era a dos meus sonhos. Aparentemente seria a perfeição!
Mas, no fim, tudo se resumia num sentimento egoísta no qual eu só pensava na minha própria felicidade. O que aconteceria se eu não obtivesse aquela garota? Onde estavam as bases da minha fé, da minha sede de Deus?
E nisso fui testado. Em janeiro de 1992, quatro anos após o processo de caminhada ter começado, a moça casou-se. E sim, foi com outro cara. Aquele era o pior dia da minha vida. Achei que morreria de tanta tristeza e decepção.
Imediatamente duas estradas se abriram em minha frente. Duas opções nas quais eu deveria pensar e escolher:
1 – Deus resolveu me maltratar não permitindo que as coisas dessem certo entre eu e a garota, mesmo depois de tudo que eu supostamente havia feito por Ele (todas aquelas orações, vigílias, jejuns, trabalhos na igreja...)
2 – O erro na história toda tinha sido meu e eu deveria continuar na estrada, tentando aprender mais de Deus e de Seus verdadeiros propósitos para minha vida.
Felizmente, eu percebi que a opção 2 era a correta. Eu sabia que amava a Deus de verdade e, embora ainda não entendesse naquele momento, alguma coisa eu havia feito de errado no processo da caminhada.
Ao longo dos anos, acabei descobrindo tudo aquilo que já escrevi no início desse post, mas que em resumo, é o seguinte: eu estava usando Deus para atingir os meus próprios objetivos como se Ele fosse um empregado que deveria fazer tudo do meu jeito. Espero que nenhum de vocês caia nesse erro. Senão pode acontecer que, no dia que chegarmos perante Ele dizendo que fizemos um monte de coisas em Seu nome, Ele poderá responder que, na verdade, estávamos fazendo para o nosso próprio nome.
Mas o amor de Deus por mim é tão grande, mas tão grande que, logo em fevereiro de 1992, eu conheci aquela com quem estou até hoje, a qual tenho certeza que me foi preparada por Deus. E sei que o amor que tenho por ela é verdadeiro, livre de qualquer propósito egoísta.
E, de quebra, ainda aprendi a tocar teclado... Bem, pelo menos um pouquinho :)
domingo, 2 de agosto de 2009
Big Band Jazz
Periodicamente acontece em minha igreja uma noite especial onde artistas dedicam seus dons a Deus, reconhecendo que nada teriam se não fosse por Ele dado. Na última, que aconteceu ontem (01.08), tivemos a participação do grupo musical da igreja, da artista plástica Palmira e da Big Band Jazz.
Fiquei sinceramente impressionado com a Big Band Jazz em vários aspectos. A musicalidade deles é um show à parte, tocando hinos tradicionais em ritmos variados advindos do jazz com deliciosos arranjos de metais. A banda conta com seguinte formação:
Enoque Mariano - Sax Tenor
Josiel Costa - Sax Tenor
Josué Ferreira - Sax Alto
Lincoln Cezar - Sax Alto
Junior - Bateria
Lucieliton - Contra Baixo
Ferreira - Teclados
Marco Aurélio - Trompete
Marcelo Sacramento - Trompete
Nardele - Trombone Tenor
E ainda estava faltando gente... Imagino a banda completa! Os sons dos metais encheram a igreja, elevando os corações. Cada improviso era como uma oração, cada nota, uma homenagem a Deus.
Particularmente o que mais me tocou foi sua atitude de muita humildade e reverência a Deus. São qualidades que todo músico deveria buscar. E isso a Big Band Jazz tem de sobra!
Desejo de todo o coração que Deus continue abençoando esses homens. Fiquei muito feliz em conhecê-los e espero vê-los mais vezes. Eles são prata da casa! Muitas vezes a gente busca as coisa longe, se esquecendo que aquilo que procuramos pode estar ali, bem do nosso lado.
A Big Band é da cidade de Resende, bem pertinho aqui de Volta Redonda, onde eu moro. Aos manos que acompanham o blog: se algum de vocês moram aqui na região, dêem uma ligada pro Enoque e convidem a Big Band Jazz para tocar na sua igreja ou num outro evento. É bom demais! O telefone do Enoque é (24)98277338.
Minha esposa fez um pequeno vídeo. Sei que a qualidade do som nesses vídeos não é boa, mas dá pelo menos para vocês terem uma vaga idéia. Que Deus continue abençoando a todos!
Fiquei sinceramente impressionado com a Big Band Jazz em vários aspectos. A musicalidade deles é um show à parte, tocando hinos tradicionais em ritmos variados advindos do jazz com deliciosos arranjos de metais. A banda conta com seguinte formação:
Enoque Mariano - Sax Tenor
Josiel Costa - Sax Tenor
Josué Ferreira - Sax Alto
Lincoln Cezar - Sax Alto
Junior - Bateria
Lucieliton - Contra Baixo
Ferreira - Teclados
Marco Aurélio - Trompete
Marcelo Sacramento - Trompete
Nardele - Trombone Tenor
E ainda estava faltando gente... Imagino a banda completa! Os sons dos metais encheram a igreja, elevando os corações. Cada improviso era como uma oração, cada nota, uma homenagem a Deus.
Particularmente o que mais me tocou foi sua atitude de muita humildade e reverência a Deus. São qualidades que todo músico deveria buscar. E isso a Big Band Jazz tem de sobra!
Desejo de todo o coração que Deus continue abençoando esses homens. Fiquei muito feliz em conhecê-los e espero vê-los mais vezes. Eles são prata da casa! Muitas vezes a gente busca as coisa longe, se esquecendo que aquilo que procuramos pode estar ali, bem do nosso lado.
A Big Band é da cidade de Resende, bem pertinho aqui de Volta Redonda, onde eu moro. Aos manos que acompanham o blog: se algum de vocês moram aqui na região, dêem uma ligada pro Enoque e convidem a Big Band Jazz para tocar na sua igreja ou num outro evento. É bom demais! O telefone do Enoque é (24)98277338.
Minha esposa fez um pequeno vídeo. Sei que a qualidade do som nesses vídeos não é boa, mas dá pelo menos para vocês terem uma vaga idéia. Que Deus continue abençoando a todos!
Organização
Essa semana eu recebi um montão de emails. Muitos eram elogios e sugestões para o blog, mas a maioria mesmo eram dúvidas sobre música. Isso é muito legal porque me dá uma noção sobre qual assunto é melhor abordar. Obrigado a todos que escreveram!
Estou tentando organizar melhor o conteúdo do blog. Assim nasceu a seção marcadores (ao lado) que engloba os três assuntos básicos encontrados por aqui: aulas e música, a tira em quadrinhos Mondo Pinguim e as crônicas do dia a dia. Acho que ficou mais organizado e facilitou a busca.
Também estou tentando manter a peridiocidade das matérias aqui do blog da seguinte maneira: sexta-feira tem a Mondo Pinguim, no domingo assuntos relacionados com aulas e música e as crônicas na quarta-feira. Assim, pelo menos, todo mundo saberá o que esperar.
O espaço é aberto. O pinguim continua contando com as sugestões de todo mundo! Deus abençoe a todos!
Estou tentando organizar melhor o conteúdo do blog. Assim nasceu a seção marcadores (ao lado) que engloba os três assuntos básicos encontrados por aqui: aulas e música, a tira em quadrinhos Mondo Pinguim e as crônicas do dia a dia. Acho que ficou mais organizado e facilitou a busca.
Também estou tentando manter a peridiocidade das matérias aqui do blog da seguinte maneira: sexta-feira tem a Mondo Pinguim, no domingo assuntos relacionados com aulas e música e as crônicas na quarta-feira. Assim, pelo menos, todo mundo saberá o que esperar.
O espaço é aberto. O pinguim continua contando com as sugestões de todo mundo! Deus abençoe a todos!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Mondo Pinguim 08
A inspiração da Mondo Pinguim dessa semana veio do fato da minha esposa ter viajado para visitar sua familia. Sendo assim, um certo pinguim passou mais de uma semana sozinho em casa.
Conheço um monte de caras que adorariam passar por essa experiência, mas faz tempo que me rendi à verdade nua e crua de que sou apaixonado pela minha mulher. Ficar longe dela é quase uma tortura. Não tem coisa mais sem graça que voltar do trabalho sabendo que não vou vê-la. Ver televisão sem ela do lado... Não ter a possibilidade de falar com ela a hora que eu quiser... Não ter seu carinho, seu calor...
E ainda tem o fenômeno do crescimento da cama. Sim porque a cama parece dobrar de tamanho. E não só a cama, mas a casa toda.
Bem, o fato é que agora ela já voltou e esse velho pinguim não está se sentindo tão só.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Dias de Luta
Há dias em que a batalha está intensa e você quase desanima. Há dias em que o corpo se sustenta por fora mas por dentro, o coração chora. Você tem a impressão de estar caminhando por um deserto escuro, árido e sem vida. Você grita e clama com todas as suas forças mas ninguém parece ouvi-lo.
Sua armadura está gasta. Sua couraça e seu capacete estão desgastados. O cinturão está frouxo. O escudo e a espada estão amassados, cheios de dentes. E as flechas do inimigo continuam vindo de todos os lados. Você sente que a qualquer momento suas forças vão se acabar e tombar no campo de batalha pode se tornar uma realidade.
É nesses momentos que Deus lhe envia aqueles amigos, amigos de verdade, amigos mais chegados que um irmão. São eles que se colocam ao seu lado, que o seguram pelo braço e lutam a batalha junto com você. Às vezes estão tão desgastados quanto você, mas permanecem ali ao seu lado, combatendo e esperando.
Eles são como jóias raras, um verdadeiro presente de Deus para você. E lutarão ao seu lado até o dia que a vitória chegar. Por que o dia da vitória sempre chega. E nesse dia, eles estarão tão ou mais felizes que você, sorrindo orgulhosos de terem tido a oportunidade de lutar ao seu lado.
(desenho de Rogério Teixeira)
Sua armadura está gasta. Sua couraça e seu capacete estão desgastados. O cinturão está frouxo. O escudo e a espada estão amassados, cheios de dentes. E as flechas do inimigo continuam vindo de todos os lados. Você sente que a qualquer momento suas forças vão se acabar e tombar no campo de batalha pode se tornar uma realidade.
É nesses momentos que Deus lhe envia aqueles amigos, amigos de verdade, amigos mais chegados que um irmão. São eles que se colocam ao seu lado, que o seguram pelo braço e lutam a batalha junto com você. Às vezes estão tão desgastados quanto você, mas permanecem ali ao seu lado, combatendo e esperando.
Eles são como jóias raras, um verdadeiro presente de Deus para você. E lutarão ao seu lado até o dia que a vitória chegar. Por que o dia da vitória sempre chega. E nesse dia, eles estarão tão ou mais felizes que você, sorrindo orgulhosos de terem tido a oportunidade de lutar ao seu lado.
(desenho de Rogério Teixeira)
domingo, 26 de julho de 2009
Como construir uma escala maior
ATENÇÃO: Teoria musical à frente! Para quem não é músico, continuar a ler pode ser prejudicial ao ânimo!
Tenho falado muito sobre escalas. Sabem por quê? Porque elas são a base de tudo na música e conhecê-las faz a diferença entre um músico bom e um músico medíocre.
Vamos aprender a construir uma escala maior. Tomemos como base a escala de Dó Maior (sempre ela...) por ser a escala natural, sem acidentes, com a qual todos estão acostumados:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
A cada nota dessa escala damos o nome de grau. Existe algo de especial no relacionamento entre essas notas ou graus. Vejam: há um tom entre cada nota, exceto entre Mi e Fá e entre Si e Dó. Entre essas notas existe apenas meio tom. Sabiam dessa? Ninguém inventou isso. Naturalmente existe um tom entre cada nota, menos entre Mi e Fá e Si e Dó, onde há meio tom. Então isso fica assim:
É exatamente por isso que no piano não há teclas pretas entre Mi e Fá e Si e Dó. As teclas pretas servem para dividir um tom ao meio, o que não dá pré fazer entre Mi e Fá por exemplo porque a distância entre as duas já é de meio tom.
Equivale então dizer que o modelo de uma escala maior é esse:
Ou seja, toda escala maior vai ter meio tom entre o 3o. e o 4o. e entre o 7o. e o 8o. grau. Entre os outros graus a distância sempre será de 1 tom.
Ainda comigo? Amigos, vocês não têm idéia do quanto isso é importante. Por exemplo, todos os acordes que você toca tem pelo menos uma escala associada a ele e conhecê-la define quais as notas que você pode ou não acrescentar a aquele acorde. Mas isso é papo para outra aula.
Voltando, vamos então construir outra escala maior. Alguma sugestão? :)
Ok, vamos por exemplo fazer a escala de Sol maior. Primeiro escrevemos todas as notas da escala assim:
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Agora, conferimos a distância entre cada grau da escala conforme o modelo mostrado acima. Então vamos lá: há um tom entre o 1o. e o 2o. grau, ou seja, entre Sol e Lá? Sim!!!! Isso se encaixa no modelo. Então deixamos como está:
Sol Lá
E entre o 2o. e 3o.? Sim!!! Então não mexemos em nada:
Sol Lá Si
Conforme modelo, do 3o. para o 4o. grau é preciso ter meio tom. E temos? Sim!!!! (esse “sim” são vocês respondendo, ok?). Sabemos que naturalmente entre Si e Dó, que, no caso, são o 3o. e 4o. grau da escala em questão, existe meio tom. Então também essa parte da escala já está certa. Até agora temos:
Sol Lá Si Dó
Partimos agora do 4o. para o 5o. (Dó Ré) onde deveríamos ter 1 tom (segundo e modelo). E temos! Também temos 1 tom entre o 5o. e 6o. grau (Ré Mi) e tudo isso, até aqui, se enquadra no nosso modelo. Até agora, tudo certo:
Sol Lá Si Dó Ré Mi
Mas aqui é que vem o problema: entre o 6o. e o 7o. grau deveríamos ter 1 tom, para que a escala continuasse se enquadrando no modelo, mas não é isso que acontece. Isso porque entre Mi e Fá, que são o 6o. e o 7o. grau dessa escala não tem 1 tom de distância entre si, mas sim meio tom conforme dito acima. O que fazer?
Cabe a nós acertarmos a escala de modo que ela se enquadre no modelo. Para isso, temos os famosos Bemóis e os Sustenidos. O Bemol “puxa” a nota meio tom pra trás e o Sustenido “empurra” a nota meio tom pra frente.
Assim, para resolver nossos problemas, vamos dar um “empurrãozinho” de meio tom no Fá colocando nele um Sustenido. Vai ficar assim agora:
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#
Com isso, passamos a ter 1 tom entre o 6o. e o 7o. grau da escala conforme queríamos: meio tom que já existe naturalmente entre Mi e Fá e mais meio tom que colocamos (entre Fá e Fá#).
E sabe o que é mais legal? Acabamos por ter o meio tom que deveríamos ter entre o 7o. e o 8o. grau, por que o 7o. e o 8o. grau dessa escala automaticamente passou a ser Fá# e Sol. A escala completa fica assim:
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol
Beleza?
Importante: Sempre que vamos acertar a escala, fazemos na nota da frente e não na de trás, caso contrário, bagunçamos a escala toda. No nosso exemplo, poderíamos ter colocado um Bemol no Mi para obtermos o 1 tom de distância, tipo assim: Mib e Fá, mas teríamos esculhambado a escala para trás. Por isso, se o problema era entre Mi e Fá, mexemos sempre na nota da frente que, no caso, era Fá, ok?
Antes de passar o resto do trabalho para vocês, vou dar mais um exemplo construindo a escala de Lá maior. Primeiro escrevemos as notas:
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá
Agora, seguindo o modelo com atenção, acertamos a escala. Vai ficar assim:
Lá Si Dó# Ré Mi Fá# Sol# Lá
Analise os acertos que eu fiz e veja se não ficou certinho. Mais um exemplo agora, da escala de Ré Bemol. Primeiro, escrevemos as notas:
Réb Mi Fá Sol Lá Si Dó Réb
Notaram que, como queremos a escala de Ré bemol, ela tem que começar e terminar com essa nota? Então, vamos aos acertos:
Réb Mib Fá Solb Láb Sib Dó Réb
Agora é com vocês. Construam as outras escalas e tirem as dúvidas à vontade. O espaço é de vocês! Deus abençoe a todos!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Mondo Pinguim 07
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Mais um ano
Hoje é o meu aniversário. Geralmente nesse dia, eu costumo ficar meio reflexivo, daquele mesmo jeito que a gente fica no final de cada ano. Para mim, um verdadeiro ano de minha vida se passou.
Eu fico a pensar nas coisas que fiz nesses 365 dias. Valeu a pena ou desperdicei? Houve tantas coisas que eu quis fazer, mas não fiz. Outras tantas que não queria fazer, mas fiz. Adquiri bens que achava que precisava, mas descobri que não precisava tanto. E também deixei de adquirir coisas que ainda acho que preciso.
Muitos dias se acabaram sem que eu fizesse nada de útil. Outros dias, no entanto, se passaram sem que as horas fossem suficientes para tanta coisa útil que eu tinha para fazer. Fiquei feliz ao conhecer pessoas novas, mas nem todas elas ficaram felizes em me conhecer. Outros, no entanto, ficaram mais felizes em me conhecer do que eu em conhecê-los. A vida é assim, cheia de desencontros. Talvez porque o mundo não gire ao nosso redor e nem tudo é do jeito que a gente quer.
Mas também me alegrei ao me ver fazendo coisas que antes não conseguia fazer. Alegrei-me ao ver gente orgulhosa que eu amo deixar o orgulho de lado e admitir seus erros. Vi pessoas que antes se achavam donas de suas próprias vidas baixarem a cabeça humildemente diante daquilo que é realmente grande. Vi gente que precisava sorrir, sorrindo. E vi gente que precisava chorar, chorando.
Tudo isso em um ano. E a pergunta persiste: valeu a pena ou o desperdicei?
É o tipo de pergunta que não tem resposta. Só me resta a consciência tranquila de que tentei o melhor que pude ser um bom homem, ser um ótimo marido, um filho amoroso, um irmão dedicado, um trabalhador disposto e um amigo sempre presente. Minhas limitações me impediram de ser tudo isso com perfeição, mas eu sei que tentei. E tentarei sempre. Provavelmente morrerei tentando.
Mas o melhor de tudo mesmo, mesmo mesmo, eu só consigo expressar através de uma letra do saudoso Sérgio Pimenta que não me sai da cabeça:
"De tudo quanto já conheço e já experimentei
De tudo quanto reconheço que passei
De tudo quanto já ouvi e até guardei
De tudo quanto já senti e até sonhei
Não me recordo de alegria tão maior
Nem de um amigo que me seja bem melhor
Nem de conselho tão sábio, nem de amor tão imenso
Que tenho em Jesus!"
Sem Ele, sem dúvida, eu não estaria mais aqui.
Eu fico a pensar nas coisas que fiz nesses 365 dias. Valeu a pena ou desperdicei? Houve tantas coisas que eu quis fazer, mas não fiz. Outras tantas que não queria fazer, mas fiz. Adquiri bens que achava que precisava, mas descobri que não precisava tanto. E também deixei de adquirir coisas que ainda acho que preciso.
Muitos dias se acabaram sem que eu fizesse nada de útil. Outros dias, no entanto, se passaram sem que as horas fossem suficientes para tanta coisa útil que eu tinha para fazer. Fiquei feliz ao conhecer pessoas novas, mas nem todas elas ficaram felizes em me conhecer. Outros, no entanto, ficaram mais felizes em me conhecer do que eu em conhecê-los. A vida é assim, cheia de desencontros. Talvez porque o mundo não gire ao nosso redor e nem tudo é do jeito que a gente quer.
Mas também me alegrei ao me ver fazendo coisas que antes não conseguia fazer. Alegrei-me ao ver gente orgulhosa que eu amo deixar o orgulho de lado e admitir seus erros. Vi pessoas que antes se achavam donas de suas próprias vidas baixarem a cabeça humildemente diante daquilo que é realmente grande. Vi gente que precisava sorrir, sorrindo. E vi gente que precisava chorar, chorando.
Tudo isso em um ano. E a pergunta persiste: valeu a pena ou o desperdicei?
É o tipo de pergunta que não tem resposta. Só me resta a consciência tranquila de que tentei o melhor que pude ser um bom homem, ser um ótimo marido, um filho amoroso, um irmão dedicado, um trabalhador disposto e um amigo sempre presente. Minhas limitações me impediram de ser tudo isso com perfeição, mas eu sei que tentei. E tentarei sempre. Provavelmente morrerei tentando.
Mas o melhor de tudo mesmo, mesmo mesmo, eu só consigo expressar através de uma letra do saudoso Sérgio Pimenta que não me sai da cabeça:
"De tudo quanto já conheço e já experimentei
De tudo quanto reconheço que passei
De tudo quanto já ouvi e até guardei
De tudo quanto já senti e até sonhei
Não me recordo de alegria tão maior
Nem de um amigo que me seja bem melhor
Nem de conselho tão sábio, nem de amor tão imenso
Que tenho em Jesus!"
Sem Ele, sem dúvida, eu não estaria mais aqui.
Mondo Pinguim
Finalmente a minha tira ganha um nome: Mondo Pinguim. "Mondo" é mundo em italiano e capta bem o universo da tira, já que não há um personagem específico e sim situações envolvendo pinguins e outros animais.
Dos que participaram da promoção para sugerir um nome para tira, ganhou o Luiz Prates. Parabéns, Luiz! O livrinho do Garfield vai chegar rapidinho aí na sua casa! E mais uma vez, obrigado a todos que participaram.
Para o sorteio, usei o site random.org e o comentário sorteado foi o quinto, que era do Luiz.
Deus abençoe a todos!
Dos que participaram da promoção para sugerir um nome para tira, ganhou o Luiz Prates. Parabéns, Luiz! O livrinho do Garfield vai chegar rapidinho aí na sua casa! E mais uma vez, obrigado a todos que participaram.
Para o sorteio, usei o site random.org e o comentário sorteado foi o quinto, que era do Luiz.
Deus abençoe a todos!
domingo, 19 de julho de 2009
Dedilhado Correto - Escala Dó Maior II
Ah, mão esquerda... Só os canhotos não tem problemas com ela...
Ela parece ser rebelde, vai para onde não queremos, faz as coisas do jeito dela. Mas precisamos dela pra tocar! Daí a importância de dominar o dedilhado com ela.
Não há muito que falar sobre o vídeo de hoje. Segue continuando o que se começou semana passada. Basta observar e ter atenção na troca de dedos para o dedilhado fluir macio. Se você nunca praticou isso, pratique. Vai dar um certo trabalhinho no início, mas você perceberá o quanto sua mão esquerda vai ficar mais sua amiga.
Essa série de vídeos são sugestões para o item "prática de escalas" do post como praticar com eficiência.
Praticar escalas parece ser chato mas é a base para todo o resto. Não desanime. Pratique! Pratique!
Ela parece ser rebelde, vai para onde não queremos, faz as coisas do jeito dela. Mas precisamos dela pra tocar! Daí a importância de dominar o dedilhado com ela.
Não há muito que falar sobre o vídeo de hoje. Segue continuando o que se começou semana passada. Basta observar e ter atenção na troca de dedos para o dedilhado fluir macio. Se você nunca praticou isso, pratique. Vai dar um certo trabalhinho no início, mas você perceberá o quanto sua mão esquerda vai ficar mais sua amiga.
Essa série de vídeos são sugestões para o item "prática de escalas" do post como praticar com eficiência.
Praticar escalas parece ser chato mas é a base para todo o resto. Não desanime. Pratique! Pratique!
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Tira 006
A tira dessa semana é uma homenagem a todos aqueles que curtem um bom videogame para ajudar a esquecer os espinhos do cotidiano. Principalmente ao meu amigo-quase-irmão Rodnei.
Quem foi garoto na década de 1980 sabe como eram legais aquelas tardes depois da escola com a casa cheia de moleques amontoados em volta de um Atari disputando quem fazia mais pontos no River Raid. Bons tempos!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
1000?
Pois é... Mais de 1000 visitas em menos de 2 meses. Isso é muito legal!!!!
Isso só pode significar uma coisa: o pinguinzinho está sendo útil. Isso é tudo que conta. E eu agradeço de coração a todos que passam por aqui, deixando comentários e me mandando emails.
Mas a verdade é que ainda que apenas uma pessoa estivesse visitando esse espaço e levando algo de bom pra si, todo o trabalho e a enorme quantidade de tempo gasto já valeriam a pena. Só Deus conhece a enorme vontade que tenho no coração de compartilhar e ajudar as pessoas a crescerem, sendo eu a menor de todas.
(Nunca resisto em fazer uma piadinha. O desenho que usei acima não é meu. É a Joaninha geniosa que tirei do blog super bacana da Clara Gomes, o Bichinhos de Jardim. Sou admirador dela a um tempão, desde que a minha mulher me mostrou suas tirinhas. Agora a Clara está fazendo um concurso muito legal onde os leitores podem baixar uma tira modelo e fazer sua própria história. Eu já baixei a minha e vou participar também!)
Isso só pode significar uma coisa: o pinguinzinho está sendo útil. Isso é tudo que conta. E eu agradeço de coração a todos que passam por aqui, deixando comentários e me mandando emails.
Mas a verdade é que ainda que apenas uma pessoa estivesse visitando esse espaço e levando algo de bom pra si, todo o trabalho e a enorme quantidade de tempo gasto já valeriam a pena. Só Deus conhece a enorme vontade que tenho no coração de compartilhar e ajudar as pessoas a crescerem, sendo eu a menor de todas.
(Nunca resisto em fazer uma piadinha. O desenho que usei acima não é meu. É a Joaninha geniosa que tirei do blog super bacana da Clara Gomes, o Bichinhos de Jardim. Sou admirador dela a um tempão, desde que a minha mulher me mostrou suas tirinhas. Agora a Clara está fazendo um concurso muito legal onde os leitores podem baixar uma tira modelo e fazer sua própria história. Eu já baixei a minha e vou participar também!)
domingo, 12 de julho de 2009
Dedilhado correto - Escala Dó Maior I
Muitas vezes o tecladista iniciante se atrapalha na hora de fazer um solo porque não conhece a melhor forma de trocar os dedos quando está subindo e descendo na escala.
A idéia aqui é mostrar como fazer isso na escala de dó maior. Praticar uma escala é praticá-la dessa forma, subindo e descendo, ganhando velocidade aos poucos. O ideal é fazer isso com o acompanhamento do metrônomo conforme sugerido no post sobre a prática diária.
O único segredo aqui é trocar os dedos certos na hora certa. Comece devagar, procurando tocar cada nota de forma limpa, sem embolar. Mantenha seu pulso o mais reto possível, movendo apenas o braço enquanto sobe e desce na escala.
Treine a mão direita. Semana que vem eu posto o dedilhado correto para a mão esquerda. Bons estudos!
A idéia aqui é mostrar como fazer isso na escala de dó maior. Praticar uma escala é praticá-la dessa forma, subindo e descendo, ganhando velocidade aos poucos. O ideal é fazer isso com o acompanhamento do metrônomo conforme sugerido no post sobre a prática diária.
O único segredo aqui é trocar os dedos certos na hora certa. Comece devagar, procurando tocar cada nota de forma limpa, sem embolar. Mantenha seu pulso o mais reto possível, movendo apenas o braço enquanto sobe e desce na escala.
Treine a mão direita. Semana que vem eu posto o dedilhado correto para a mão esquerda. Bons estudos!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Tira 005
A tira dessa semana pega carona na brincadeira iniciada semana passada. É mesmo muito legal esse negócio de criar essas tirinhas. Gostaria de ter mais tempo para fazê-las com mais frequencia.
E pra quem ainda quiser, ainda dá tempo de deixar um comentário nesse post e concorrer ao livro.
(clique para ampliar)
E pra quem ainda quiser, ainda dá tempo de deixar um comentário nesse post e concorrer ao livro.
(clique para ampliar)
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Qual a importância da morte do MJ em nossas vidas?
Provavelmente nenhuma. Nada, absolutamente nada mesmo vai mudar em nosso dia a dia só porque o Michael Jackson morreu. Mas há uma razão especial pela qual o nome dele apareceu várias vezes aqui no blog depois de seu falecimento.
Minha mulher sempre falou dele como se fosse próxima a ele. Ela o olhava e via além de toda aquela casca de excentricidade. Era como se ela enxergasse seu coração e entendesse o sofrimento que durou uma vida inteira. Isso se chama compaixão e é uma qualidade de um coração cristão. Tenho quase certeza que, enquanto muitos o criticavam, ela pedia em silêncio que Deus o abençoasse e lhe mostrasse um caminho de vida mais apropriado e feliz.
O funeral público do astro mostrou ao mundo a boa pessoa que ele era. Era, na verdade, como qualquer um de nós, vivendo um dia após o outro, tentando encontrar a felicidade. Coisas que a minha mulher já sabia a muito tempo.
Ainda ontem, indignada, minha mulher me contou que, apesar de tudo, ainda tem gente se aproveitando da situação pra tentar aparecer. Andaram dizendo que essa morte foi armada e que ele ainda está vivo, escondido para fugir das dívidas.
É como eu disse a ela: sempre vai ter um palhaço pra inventar histórias e dizer absurdos assim. Bobo é quem dá atenção.
Minha mulher sempre falou dele como se fosse próxima a ele. Ela o olhava e via além de toda aquela casca de excentricidade. Era como se ela enxergasse seu coração e entendesse o sofrimento que durou uma vida inteira. Isso se chama compaixão e é uma qualidade de um coração cristão. Tenho quase certeza que, enquanto muitos o criticavam, ela pedia em silêncio que Deus o abençoasse e lhe mostrasse um caminho de vida mais apropriado e feliz.
O funeral público do astro mostrou ao mundo a boa pessoa que ele era. Era, na verdade, como qualquer um de nós, vivendo um dia após o outro, tentando encontrar a felicidade. Coisas que a minha mulher já sabia a muito tempo.
Ainda ontem, indignada, minha mulher me contou que, apesar de tudo, ainda tem gente se aproveitando da situação pra tentar aparecer. Andaram dizendo que essa morte foi armada e que ele ainda está vivo, escondido para fugir das dívidas.
É como eu disse a ela: sempre vai ter um palhaço pra inventar histórias e dizer absurdos assim. Bobo é quem dá atenção.
terça-feira, 7 de julho de 2009
O Deserto
Toda pessoa que caminha com Deus passa pelo deserto. No deserto não há nada. Só o que você leva consigo.
Sua voz e seu clamor parecem estar sozinhos. Tudo que você escuta é o som de um vento distante. Para qualquer lado que olhe, só enxerga desolação.
Muitas vezes você chora, outras fica quieto. Com sua racionalidade, tanta entender o porquê de um monte de coisas, mas o final é sempre o mesmo: você está no deserto. Há um horizonte mas ele nunca muda, sempre vazio e estéril.
O deserto é a medida da fé. O tanto que você acreditou em Deus antes de entrar no deserto é o que vai te sustentar. Porque não se pode basear em sentimentos quando se está lá. Apenas em certezas.
E quando finalmente o deserto acabar (porque vai acabar), você saberá com alegria que deu um novo passo em sua caminhada. E se tornará uma pessoa melhor do que aquela que existia antes de sentir as areias da terra árida sob seus pés.
E Deus, onde estava em tudo isso? Ali mesmo, bem do seu ladinho. Durante quanto tempo? O tempo todo.
Sua voz e seu clamor parecem estar sozinhos. Tudo que você escuta é o som de um vento distante. Para qualquer lado que olhe, só enxerga desolação.
Muitas vezes você chora, outras fica quieto. Com sua racionalidade, tanta entender o porquê de um monte de coisas, mas o final é sempre o mesmo: você está no deserto. Há um horizonte mas ele nunca muda, sempre vazio e estéril.
O deserto é a medida da fé. O tanto que você acreditou em Deus antes de entrar no deserto é o que vai te sustentar. Porque não se pode basear em sentimentos quando se está lá. Apenas em certezas.
E quando finalmente o deserto acabar (porque vai acabar), você saberá com alegria que deu um novo passo em sua caminhada. E se tornará uma pessoa melhor do que aquela que existia antes de sentir as areias da terra árida sob seus pés.
E Deus, onde estava em tudo isso? Ali mesmo, bem do seu ladinho. Durante quanto tempo? O tempo todo.
domingo, 5 de julho de 2009
Nem só de teclas vive um Pinguim
Lembrete: o blog ainda está em festa comemorando seu primeiro mês de vida. Clique aqui para saber mais!
Andy Mckee é um fenômeno. Um gênio. Meus amigos guitarristas e violonistas que ainda não ouviram falar dele precisam conhecê-lo. Vê-lo tocar é sentir-se incentivado ou desistir de vez.
Seu primeiro vídeo a ser exposto no youtube "Drift", rendeu mais de 22 milhões de visitas. Gostei tanto na época que vi que tinha que assisti-lo todos os dias. E é precisamente "Drift" que escuto agora enquanto escrevo essas linhas.
Seu estilo consiste em afinar o violão de forma não tradicional para que lhe favoreça tocar suas composições sozinho onde provavelmente mais músicos se fariam necessários.
Vale a pena assistir também "Rylynn" outra das minhas favoritas do Andy. Essa rendeu menos visitas no youtube. "Só" umas dez milhões.
Andy Mckee é um fenômeno. Um gênio. Meus amigos guitarristas e violonistas que ainda não ouviram falar dele precisam conhecê-lo. Vê-lo tocar é sentir-se incentivado ou desistir de vez.
Seu primeiro vídeo a ser exposto no youtube "Drift", rendeu mais de 22 milhões de visitas. Gostei tanto na época que vi que tinha que assisti-lo todos os dias. E é precisamente "Drift" que escuto agora enquanto escrevo essas linhas.
Seu estilo consiste em afinar o violão de forma não tradicional para que lhe favoreça tocar suas composições sozinho onde provavelmente mais músicos se fariam necessários.
Vale a pena assistir também "Rylynn" outra das minhas favoritas do Andy. Essa rendeu menos visitas no youtube. "Só" umas dez milhões.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Tira 004
A mídia continua saturando nossos ouvidos falando do Michael Jackson e sua vida infeliz. Assim, acabei não resistindo e o usei como tema da tira de novo.
Mas não estou querendo desrespeitar o que o cara representou. Na verdade, usá-lo como tema é como se fosse uma homenagem da minha parte.
(clique para ampliar)
E não se esqueça de participar da promoção. Clique aqui para saber mais.
Mas não estou querendo desrespeitar o que o cara representou. Na verdade, usá-lo como tema é como se fosse uma homenagem da minha parte.
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E não se esqueça de participar da promoção. Clique aqui para saber mais.
domingo, 28 de junho de 2009
Tira 003 - Feliz Aniversário! E tem Presente!
O PinguimGospel está completando um mês de vida!
Quando iniciei o blog, não tinha uma idéia exata do que eu queria fazer. A única coisa que eu sabia era que queria muito compartilhar conhecimentos, principalmente sobre música e escrever um pouco sobre como os acontecimentos do cotidiano me afetam.
Um mês depois e já foram pouco mais de 500 visitas, o que dá uma média de 125 visitas semanais.
Eu só posso agradecer a todos que nos lêem e torcer para que o blog esteja sendo útil e atingindo seus objetivos. Obrigado de coração!
No entanto, apesar dos objetivos iniciais do blog, apareceu um efeito colateral: eu comecei a desenhar.
A idéia de fazer meus próprios desenhos para ilustrar os posts era legal. Como gosto muito de histórias em quadrinhos, principalmente tirinhas de jornal tipo Calvin e Haroldo, Snoopy ou Garfield, me deu a maior vontade de criar a minha própria. Então, cheio de limitações, fui conversar com Deus e pedi a Ele que, caso Ele achasse legal, me ajudasse a desenhar. Assim nasceram as tirinhas em Tira 001 e Tira 002. Olha como esse Deus é bom! Teve gente que até me perguntou se eu tinha tirado aquilo de algum jornal!
Então, além das dicas de música e as crônicas do dia a dia, o PinguimGospel vai trazer uma tirinha cômica, pelo menos uma por semana (se Deus quiser!)
Mas tirinha ainda não tem nome. Para me ajudar a escolher um nome e, ao mesmo tempo, comemorar nosso primeiro mês de aniversário, vou fazer uma promoção que vai dar de presente um livro de tirinhas do Garfield!
Para participar:
- deixe um comentário nesse post sugerindo um nome para a minha tira
- coloque no comentário seu nome e email (não esqueça disso)
- entre como seguidor do blog (se quiser, não é obrigatório). Só faça isso se estiver gostando...
A promoção vai ficar valendo até o dia 19 de julho e, no dia 20 (que é meu aniversário de verdade) haverá o sorteio e a divulgação o resultado.
Boa sorte a todos!
(clique para ampliar)
Quando iniciei o blog, não tinha uma idéia exata do que eu queria fazer. A única coisa que eu sabia era que queria muito compartilhar conhecimentos, principalmente sobre música e escrever um pouco sobre como os acontecimentos do cotidiano me afetam.
Um mês depois e já foram pouco mais de 500 visitas, o que dá uma média de 125 visitas semanais.
Eu só posso agradecer a todos que nos lêem e torcer para que o blog esteja sendo útil e atingindo seus objetivos. Obrigado de coração!
No entanto, apesar dos objetivos iniciais do blog, apareceu um efeito colateral: eu comecei a desenhar.
A idéia de fazer meus próprios desenhos para ilustrar os posts era legal. Como gosto muito de histórias em quadrinhos, principalmente tirinhas de jornal tipo Calvin e Haroldo, Snoopy ou Garfield, me deu a maior vontade de criar a minha própria. Então, cheio de limitações, fui conversar com Deus e pedi a Ele que, caso Ele achasse legal, me ajudasse a desenhar. Assim nasceram as tirinhas em Tira 001 e Tira 002. Olha como esse Deus é bom! Teve gente que até me perguntou se eu tinha tirado aquilo de algum jornal!
Então, além das dicas de música e as crônicas do dia a dia, o PinguimGospel vai trazer uma tirinha cômica, pelo menos uma por semana (se Deus quiser!)
Mas tirinha ainda não tem nome. Para me ajudar a escolher um nome e, ao mesmo tempo, comemorar nosso primeiro mês de aniversário, vou fazer uma promoção que vai dar de presente um livro de tirinhas do Garfield!
Para participar:
- deixe um comentário nesse post sugerindo um nome para a minha tira
- coloque no comentário seu nome e email (não esqueça disso)
- entre como seguidor do blog (se quiser, não é obrigatório). Só faça isso se estiver gostando...
A promoção vai ficar valendo até o dia 19 de julho e, no dia 20 (que é meu aniversário de verdade) haverá o sorteio e a divulgação o resultado.
Boa sorte a todos!
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sábado, 27 de junho de 2009
Prática de Progressões Harmônicas
Como os comentários são importantes! Eles mostram se aquilo que fazemos está indo na direção certa ou errada. O fato do blog ter um contador de visitas me faz saber que tem um monte de gente me visitando regularmente mas só os comentários me fazem saber se o blog está sendo útil. O objetivo aqui não é ficar postando um monte de coisas que apenas eu acho legal. A razão da existência do PinguimGospel é divertir, compartilhar conhecimento e ajudar a pensar. É por isso que eu agradeço de coração mesmo a todos que já deixaram um comentário por aqui.
Esse post nasceu dos comentários deixados no post “Como praticar com eficiência”. O item “Prática de progressões harmônicas” precisava de mais esclarecimentos. Então vamos lá!
Cada tom maior tem 7 acordes que pertencem a ele, que, tecnicamente chamamos de “acordes diatônicos ao tom”. Vamos raciocinar no tom de Dó Maior. Os 7 acordes serão:
1- C
2- Dm
3- Em
4- F
5- G
6- Am
7- Bm(5b)
Quase todas as músicas usam esses acordes em uma certa ordem que chamamos de “progressões harmônicas”. Assim, praticar as progressões harmônicas mais comuns deixa você preparado para tocar um monte de músicas. Essas progressões SEMPRE vão acabar parecendo.
Agora vamos ver os mesmos acordes no tom de Ré Maior:
1- D
2- Em
3- F#m
4- G
5- A
6- Bm
7- C#m(5b)
E em Mi Maior:
1- E
2- F#m
3- G#m
4- A
5- B
6- C#m
7- D#m(5b)
Deu pra perceber há um padrão? O acorde 1 sempre vai ser maior, o 2 vai ser menor, o 3, menor, o 4, maior e assim por diante. Encorajo você a descobrir os acordes de todos os tons, pois vai lhe ser útil.
Quando eu exemplifiquei as progressões mais comuns, eu queria dizer, por exemplo, que tocar 2-5-1 no tom de Dó Maior seria tocar Dm-G-C. E em Mi Maior, seria F#m-B-E. Seguindo esse raciocínio, como ficaria o 2-5-1 em Lá Maior, por exemplo?
É importante tocar as progressões em todos os tons porque isso vai te fazer crescer absurdamente. Com o tempo, você não vai mais estar enxergando os acordes em si, mas o número dele no tom. E isso vai te ajudar a transportar qualquer música pra qualquer tom rapidinho, “online”.
Quer um exemplo? Vamos pegar uma música que todo mundo conhece: um pedacinho do refrão de Grande é o Senhor, no tom de Lá Maior que é o tom que a maioria toca.
| A | C#m |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| D | C#m | Bm | E
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Seguindo o aprendizado do número de cada acorde (tecnicamente chamamos de “Grau”), e com o treinamento constante tocando progressões, você vai naturalmente enxergar essa música assim:
| 1 | 3 |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| 4 | 3 | 2 | 5 |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Não se assuste. Isso vem naturalmente, com o tempo. Essa mesma música pode então ser transportada para qualquer tom rapidinho, até mesmo ao vivo, se você já estiver acostumado com eles. Por isso é importante praticar todos os dias!
Por exemplo, no tom de Dó:
| C | Em |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| F | Em | Dm | G |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
E em Mi? Vai ficar assim:
| E | G#m |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| A | G#m | F#m | B |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Notou que a progressão 2-5-1 apareceu nessa música? Ela está presente em 99% de todas as músicas já compostas.
Agora vamos praticar um pouco. No vídeo abaixo estou tocando o 2-5-1 em Dó Maior. Costumo criar um arquivinho MIDI com bateria e baixo para me acompanhar. É sempre bom tocar com ritmo ou metrônomo para aperfeiçoar o tempo e a disciplina.
Explicando o vídeo: primeiro toco os acordes em tríades simples. Se você é iniciante, comece tocando os acordes assim.
Dm – ré, fá, lá
G – sol, si, ré
C – dó, mi, sol
Note que toco os acordes em todas as inversões. Depois, toco os mesmos acordes com tensões que os deixam mais “jazzy”. Se você está num nível intermediário de aprendizado, comece a praticar os acordes com essas tensões.
Por fim, toco os acordes com a mão esquerda, primeiro em tríades, depois com tensões. A mão direita está livre para improvisar. No caso, como é o tom de Dó, a escala usada para o improviso é a de Dó maior. Alguém perguntou sobre isso no Orkut e eis uma aplicação prática.
O arquivo mid que eu uso nesse exemplo está no meu drive virtual no 4shared com o nome de 2-5-1 do.mid junto de um arquivo txt com o mesmo nome. Clique nesse link para baixar. De bônus também tem arquivos mid com 2-5-1 nos tons de Si bemol, Lá bemol, Sol bemol, Mi e Ré.
O próximo vídeo mostra uma junção de todas as progressões citadas anteriormente tocadas com acordes com tensões na mão esquerda e improviso com a direita. O arquivo com nome 2-5-1a.mid contém essa sequencia, acompanhado de um txt de mesmo nome mostrando os acordes. De qualquer forma, a sequencia é:
| Dm | G | C | C |
| Dm | G | C | C |
| Cm | F | Bb | Bb |
| Cm | F | Bb | Bb |
| Bbm | Eb | Ab | Ab |
| Bbm | Eb | Ab | Ab |
| Abm | Db | Gb | Gb |
| Abm | Db | Gb | Gb |
| F#m | B | E | E |
| F#m | B | E | E |
| Em | A | D | D |
| Em | A | D | D |
e vai repetindo...
Note como a 2-5-1 de Dó se encaixa perfeitamente na 2-5-1 de Si bemol e assim por diante. Dá pra ficar repetindo essa sequencia indefinidamente.
Sei que isso tudo aí é trampo pra muito tempo, mas seja perseverante e pratique. Você só tem a ganhar! Vamos crescer juntos e compartilhar conhecimentos!
E, como sempre, comentem e tirem dúvidas à vontade. Meu email lá no meu perfil também está à disposição.
Esse post nasceu dos comentários deixados no post “Como praticar com eficiência”. O item “Prática de progressões harmônicas” precisava de mais esclarecimentos. Então vamos lá!
Cada tom maior tem 7 acordes que pertencem a ele, que, tecnicamente chamamos de “acordes diatônicos ao tom”. Vamos raciocinar no tom de Dó Maior. Os 7 acordes serão:
1- C
2- Dm
3- Em
4- F
5- G
6- Am
7- Bm(5b)
Quase todas as músicas usam esses acordes em uma certa ordem que chamamos de “progressões harmônicas”. Assim, praticar as progressões harmônicas mais comuns deixa você preparado para tocar um monte de músicas. Essas progressões SEMPRE vão acabar parecendo.
Agora vamos ver os mesmos acordes no tom de Ré Maior:
1- D
2- Em
3- F#m
4- G
5- A
6- Bm
7- C#m(5b)
E em Mi Maior:
1- E
2- F#m
3- G#m
4- A
5- B
6- C#m
7- D#m(5b)
Deu pra perceber há um padrão? O acorde 1 sempre vai ser maior, o 2 vai ser menor, o 3, menor, o 4, maior e assim por diante. Encorajo você a descobrir os acordes de todos os tons, pois vai lhe ser útil.
Quando eu exemplifiquei as progressões mais comuns, eu queria dizer, por exemplo, que tocar 2-5-1 no tom de Dó Maior seria tocar Dm-G-C. E em Mi Maior, seria F#m-B-E. Seguindo esse raciocínio, como ficaria o 2-5-1 em Lá Maior, por exemplo?
É importante tocar as progressões em todos os tons porque isso vai te fazer crescer absurdamente. Com o tempo, você não vai mais estar enxergando os acordes em si, mas o número dele no tom. E isso vai te ajudar a transportar qualquer música pra qualquer tom rapidinho, “online”.
Quer um exemplo? Vamos pegar uma música que todo mundo conhece: um pedacinho do refrão de Grande é o Senhor, no tom de Lá Maior que é o tom que a maioria toca.
| A | C#m |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| D | C#m | Bm | E
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Seguindo o aprendizado do número de cada acorde (tecnicamente chamamos de “Grau”), e com o treinamento constante tocando progressões, você vai naturalmente enxergar essa música assim:
| 1 | 3 |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| 4 | 3 | 2 | 5 |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Não se assuste. Isso vem naturalmente, com o tempo. Essa mesma música pode então ser transportada para qualquer tom rapidinho, até mesmo ao vivo, se você já estiver acostumado com eles. Por isso é importante praticar todos os dias!
Por exemplo, no tom de Dó:
| C | Em |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| F | Em | Dm | G |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
E em Mi? Vai ficar assim:
| E | G#m |
Queremos o Seu Nome engrandecer
| A | G#m | F#m | B |
E agradecer-te por Sua obra em nossas vidas.
Notou que a progressão 2-5-1 apareceu nessa música? Ela está presente em 99% de todas as músicas já compostas.
Agora vamos praticar um pouco. No vídeo abaixo estou tocando o 2-5-1 em Dó Maior. Costumo criar um arquivinho MIDI com bateria e baixo para me acompanhar. É sempre bom tocar com ritmo ou metrônomo para aperfeiçoar o tempo e a disciplina.
Explicando o vídeo: primeiro toco os acordes em tríades simples. Se você é iniciante, comece tocando os acordes assim.
Dm – ré, fá, lá
G – sol, si, ré
C – dó, mi, sol
Note que toco os acordes em todas as inversões. Depois, toco os mesmos acordes com tensões que os deixam mais “jazzy”. Se você está num nível intermediário de aprendizado, comece a praticar os acordes com essas tensões.
Por fim, toco os acordes com a mão esquerda, primeiro em tríades, depois com tensões. A mão direita está livre para improvisar. No caso, como é o tom de Dó, a escala usada para o improviso é a de Dó maior. Alguém perguntou sobre isso no Orkut e eis uma aplicação prática.
O arquivo mid que eu uso nesse exemplo está no meu drive virtual no 4shared com o nome de 2-5-1 do.mid junto de um arquivo txt com o mesmo nome. Clique nesse link para baixar. De bônus também tem arquivos mid com 2-5-1 nos tons de Si bemol, Lá bemol, Sol bemol, Mi e Ré.
O próximo vídeo mostra uma junção de todas as progressões citadas anteriormente tocadas com acordes com tensões na mão esquerda e improviso com a direita. O arquivo com nome 2-5-1a.mid contém essa sequencia, acompanhado de um txt de mesmo nome mostrando os acordes. De qualquer forma, a sequencia é:
| Dm | G | C | C |
| Dm | G | C | C |
| Cm | F | Bb | Bb |
| Cm | F | Bb | Bb |
| Bbm | Eb | Ab | Ab |
| Bbm | Eb | Ab | Ab |
| Abm | Db | Gb | Gb |
| Abm | Db | Gb | Gb |
| F#m | B | E | E |
| F#m | B | E | E |
| Em | A | D | D |
| Em | A | D | D |
e vai repetindo...
Note como a 2-5-1 de Dó se encaixa perfeitamente na 2-5-1 de Si bemol e assim por diante. Dá pra ficar repetindo essa sequencia indefinidamente.
Sei que isso tudo aí é trampo pra muito tempo, mas seja perseverante e pratique. Você só tem a ganhar! Vamos crescer juntos e compartilhar conhecimentos!
E, como sempre, comentem e tirem dúvidas à vontade. Meu email lá no meu perfil também está à disposição.
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