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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Estrada

Comecei minha caminhada cristã em 1988. E essa semana me bateu um estranho sentimento nostálgico em relação a isso. Fazem exatamente 21 anos que Deus tem tido a paciência de me aceitar como seu filho.

Sim, porque, como ser humano, carrego uma penca de defeitos e equívocos que só Ele mesmo para me aturar. Meu primeiro grande equívoco em relação a Ele foi começar a tocar teclado não para agradá-lo, mas para chamar atenção de uma garota. Isso foi lá atrás, em 1988 mesmo... Acontece que eu não percebia isso. Orava muito, lia bastante a Bíblia, mas embutido nisso tudo estava meu desejo de ter aquela garota só pra mim. Eu montei uma banda, chamei amigos para tocar, me dediquei à igreja, tudo para impressionar aquela garota.

E Deus estava lá, vendo aquilo tudo, me compreendendo. Em nenhum momento Ele me criticou por eu o estar enganando. Mesmo porque eu não sabia que o enganava. Em meu coração, eu achava que estava no caminho certo, buscando conhecer a Ele e, de quebra, ainda querendo namorar a garota que eu achava que era a dos meus sonhos. Aparentemente seria a perfeição!

Mas, no fim, tudo se resumia num sentimento egoísta no qual eu só pensava na minha própria felicidade. O que aconteceria se eu não obtivesse aquela garota? Onde estavam as bases da minha fé, da minha sede de Deus?

E nisso fui testado. Em janeiro de 1992, quatro anos após o processo de caminhada ter começado, a moça casou-se. E sim, foi com outro cara. Aquele era o pior dia da minha vida. Achei que morreria de tanta tristeza e decepção.

Imediatamente duas estradas se abriram em minha frente. Duas opções nas quais eu deveria pensar e escolher:

1 – Deus resolveu me maltratar não permitindo que as coisas dessem certo entre eu e a garota, mesmo depois de tudo que eu supostamente havia feito por Ele (todas aquelas orações, vigílias, jejuns, trabalhos na igreja...)

2 – O erro na história toda tinha sido meu e eu deveria continuar na estrada, tentando aprender mais de Deus e de Seus verdadeiros propósitos para minha vida.

Felizmente, eu percebi que a opção 2 era a correta. Eu sabia que amava a Deus de verdade e, embora ainda não entendesse naquele momento, alguma coisa eu havia feito de errado no processo da caminhada.

Ao longo dos anos, acabei descobrindo tudo aquilo que já escrevi no início desse post, mas que em resumo, é o seguinte: eu estava usando Deus para atingir os meus próprios objetivos como se Ele fosse um empregado que deveria fazer tudo do meu jeito. Espero que nenhum de vocês caia nesse erro. Senão pode acontecer que, no dia que chegarmos perante Ele dizendo que fizemos um monte de coisas em Seu nome, Ele poderá responder que, na verdade, estávamos fazendo para o nosso próprio nome.

Mas o amor de Deus por mim é tão grande, mas tão grande que, logo em fevereiro de 1992, eu conheci aquela com quem estou até hoje, a qual tenho certeza que me foi preparada por Deus. E sei que o amor que tenho por ela é verdadeiro, livre de qualquer propósito egoísta.

E, de quebra, ainda aprendi a tocar teclado... Bem, pelo menos um pouquinho :)

2 comentários:

marcelo disse...

creio que esse seja apenas um exemplo do que é entregar o caminho ao Senhor.
apesar de muitas vezes querermos fazer as coisas do nosso jeito, fazer a nossa vontade, Ele é quem tem o melhor separado para nós.
é diferente de acreditar em destino, temos sim nosso livre arbítrio, mas com certeza os planos de Deus para nossas vidas são melhores e maiores que os nossos.
quantas vezes sofremos por fazer aquilo que achamos certo. mas os propositos de Deus tem que se cumprir em nossas vidas.
e o propósito dEle era que vc se tornasse um ministro de louvor. e como vc queria uma "namoradinha", ele separou a melhor para vc, pode acreditar.
e creio que seja assim em todos os aspectos da vida (sentimental, profissional...)
eita! tah quase maior q o post!!

Alessandro disse...

Obrigado pelo que escreveu, Marcelo.

De fato eu levei um tempão para entender tudo isso. Mas quando entendi, vi o quanto é melhor deixar Deus guiar a minha vida.

Um abraço!